terça-feira, 6 de junho de 2017

8 perguntas e respostas sobre a situação do Banco Popular

O Banco Central Europeu deve reunir-se esta terça-feira com os espanhóis e uma das hipóteses em cima da mesa é o pedido de empréstimos adicionais ao banco liderado por Mario Draghi.
O sexto maior banco de Espanha vive tempos dúbios. Apesar de ter recebido várias propostas sobre uma possível fusão, estas não foram suficientes para o fazer estabilizar em bolsa. Só este ano as ações da entidade bancária caíram mais de um terço, chegando a atingir mínimos de 28 anos (menos 8,3% para 0,55 euros), e preço dos títulos tier 1 registaram igualmente uma queda. O Banco Central Europeu deve reunir-se esta terça-feira com os espanhóis e uma das hipóteses em cima da mesa é o pedido de empréstimos adicionais ao banco liderado por Mario Draghi. A agência Bloomberg reuniu uma série de perguntas e respostas a que investidores e clientes devem estar atentos.
Como é que se pode avaliar a situação do Banco Popular neste momento?
Parece complicada. As ações do banco tombaram 44% em três dias até esta segunda-feira, 5 de junho. Os investidores estão a questionar-se sobre se a estratégia de resgate do presidente Emilio Saracho é viável ou se ainda há tempo para avançar com o plano.
O governo espanhol não pode ajudar?
Possivelmente. A legislação europeia estabelece que um banco que necessite de “apoio financeiro público extraordinário” deve preparar a liquidação, mas há exceções que permitem um auxílio estatal temporário para empresas em processo de solvência.
O Popular preenche os requisitos e está apto para seguir em frente?
O Banco Popular emergiu da crise de 2016 com um tier 1 de 6,6%, abaixo do limite de 8% que o Banco Central Europeu aplicou no caso do italiano Monte dei Paschi di Siena, o que significa que o mesmo caso poderia acontecer para uma recapitalização preventiva do espanhol.
Alguém quer comprar o Popular?
Caso existam interessados, não têm mostrado publicamente essa intenção. O banco Santander, o maior banco da Espanha, contratou o Citigroup para o assessorar a propósitos de uma possível oferta, mas residem dúvidas que permanecem à medida o a Popular continua a analisar o valor dos seus ativos imobiliários.
O que é a resolução? De que forma funcionaria?
Trata-se do processo de reestruturação de um banco que é também demasiado importante para ser liquidado através de um processo normal de insolvência. Se o supervisor determinar que o credor está a falhar, entrega o caso à autoridade de resolução. Para os principais bancos da zona euro, o Conselho de Resolução Única, liderado por Elke Koenig, é o responsável pelos trabalhos.
Como é que a situação do Popular atingiu este patamar?
Teve que ver com erros em imóveis e na gestão. As suas dificuldades decorrem dos empréstimos realizados antes de 2008. Mais tarde, em 2012, o Popular prescindiu da possibilidade de obter ajuda estatal e a situação acabou por complicar-se.
A sua impopularidade é contagiosa?
Por enquanto, não aparenta sê-lo. Os credores espanhóis, incluindo o CaixaBank e o Bilbao Viazcaya Argentaria, emitiram títulos adicionais de tier 1, um dios seus títulos de dívida mais arriscado, sem problemas.
Há motivos para gostar do Banco Popular?
Muitos. Por exemplo, oss bancos espanhóis cobiçam os seus 34 mil milhões de euros em performing loans para pequenas e médias empresas.

Fonte:Jornaleconómico

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