 |
 |
David Dinis, Director
|
 |
Bom dia!
John McCain voltou ao Senado, mas não para fazer a vontade a Trump: "Nós não somos os subordinados do Presidente", disse o senador, citado pela Reuters, desafiando os republicanos a negociar com os democratas uma revisão do Obamacare. O Senado vetou ontem a proposta global republicana para a substituição do plano de saúde pública de Obama, mas o debate promete durar uns dias.
O Pentágono avisou para o perigo da Coreia do Norte. Pyongyang pode ter um míssil nuclear capaz de atingir os EUA já em 2018, diz o seu último relatório.
Meanwhile, na Europa... Macron juntou rivais e prometeu eleições na Líbia na Primavera de 2018. A Clara Barata explica o acordo, que terá passado despercebido, mas que pode ser um grande passo em frente num cenário difícil bem perto de nós. E fundamental: é que a importância da Líbia mede-se pelos corpos no Mediterrâneo.
Para aliviar, eis uma notícia para fãs: ao 3º dia, quatro recordes do mundo no Mundial de natação. O David Andrade conta-lhe quem são as estrelas.
E, já agora, uma novidade: o Google vai mudar a homepage, para deixar de ser só um motor de busca. O El Pais diz que será assim.
As notícias são estas
Marcelo deu uma no cravo: "Em ditadura, lembro-me há 50 anos, era possível haver tragédias e nunca ninguém percebia bem qual eram os contornos das tragédias porque não havia um Ministério Público autónomo, juízes independentes e comunicação social livre. Em democracia há tudo isto“. ...e outra na ferradura: “Eu respeito a autonomia do Ministério Público. O Presidente da República a única coisa que pode fazer é não imiscuir-se no trabalho dos magistrados”.
Em plena guerra política, apenas meia hora depois de a PGR ter divulgado (enfim) a lista dos 64 nomes das vítimas, o Presidente foi a Mação, onde o fogo continua descontrolado, para deixar algo que se assemelha a uma crítica ao Governo e PS, que passaram três dias a criticar quem pedia, exigia, a libertação dos nomes de um inusitado segredo de Justiça. Mas, ao mesmo tempo, usou o argumento do Governo e do PS para não intervir. Como interpretar Marcelo é um exercício de alquimia, eis o que disse o PR (para fazer a sua própria interpretação). Quanto à lista das vítimas de Pedrógão, são 64+2. Duas em investigação (e dezenas de testemunhas ouvidas). No terreno, o ponto de situação é este: um "caos" (diz o autarca) em Mação, um susto grande em Setúbal, um problema em Vila Velha de Ródão. Chegados aqui, ainda fora de Agosto, já arderam 106 mil hectares, bastante mais do que regista a Protecção Civil. Enquanto isso, o país arde, diz o Amílcar Correia no Editorial do dia.
Já agora, um problema mais: em Pedrógão foram cobradas taxas moderadoras pelo apoio psicológico, admite o ministro da Saúde à Renascença. Diz que agora vai mudar.
A propósito (ou nem por isso): os "comandos" acusados pelo MP dizem não ter dinheiro para se defender. É assim que a Associação de Oficiais justifica ter aberto uma "conta solidária" para pagar a defesa dos militares, tendo já recebido 5 mil euros. A notícia é da TSF.
Há mais um caso suspeito na esquadra de Alfragide: um homem de 50 anos, cabo-verdiano, queixa-se de ter sido espancado em fevereiro após incidentes no bairro 6 de Maio, diz o DN. O DIAP está a investigar a queixa.
E ainda há esta: a responsável da Segurança Interna soube do assalto a Tancos pelas notícias. E o chefe de Estado-Maior diz que não foi avisado de qualquer ameaça.
Preocupante também é o que está na nossa manchete de hoje: as mulheres não reagem a dois em cada três actos de violência, mostra um novo e abrangente inquérito, feito porta-a-porta no concelho de Lisboa. A Câmara promete criar uma espécie de loja do cidadão para as vítimas.
Para o Governo há outras dores de cabeça. Como a do défice que aumenta(um regresso), mas que Centeno diz que é temporário; como a da CGD, com o Bloco a testar um limite legal às comissões bancárias.
Na banca, as novidades passam pelo BPI em versão catalã: menos pessoas e juros, mais comissões e crédito. E pelo Novo Banco, que propõe perdas entre 11% e 90% a investidores.
E na TAP passam por uma companhia portuguesa... mais chinesa (bem dizia o Paulo Futre).
Marcelo deu uma no cravo: "Em ditadura, lembro-me há 50 anos, era possível haver tragédias e nunca ninguém percebia bem qual eram os contornos das tragédias porque não havia um Ministério Público autónomo, juízes independentes e comunicação social livre. Em democracia há tudo isto“. ...e outra na ferradura: “Eu respeito a autonomia do Ministério Público. O Presidente da República a única coisa que pode fazer é não imiscuir-se no trabalho dos magistrados”.
Em plena guerra política, apenas meia hora depois de a PGR ter divulgado (enfim) a lista dos 64 nomes das vítimas, o Presidente foi a Mação, onde o fogo continua descontrolado, para deixar algo que se assemelha a uma crítica ao Governo e PS, que passaram três dias a criticar quem pedia, exigia, a libertação dos nomes de um inusitado segredo de Justiça. Mas, ao mesmo tempo, usou o argumento do Governo e do PS para não intervir. Como interpretar Marcelo é um exercício de alquimia, eis o que disse o PR (para fazer a sua própria interpretação). Quanto à lista das vítimas de Pedrógão, são 64+2. Duas em investigação (e dezenas de testemunhas ouvidas). No terreno, o ponto de situação é este: um "caos" (diz o autarca) em Mação, um susto grande em Setúbal, um problema em Vila Velha de Ródão. Chegados aqui, ainda fora de Agosto, já arderam 106 mil hectares, bastante mais do que regista a Protecção Civil. Enquanto isso, o país arde, diz o Amílcar Correia no Editorial do dia.
Já agora, um problema mais: em Pedrógão foram cobradas taxas moderadoras pelo apoio psicológico, admite o ministro da Saúde à Renascença. Diz que agora vai mudar.
A propósito (ou nem por isso): os "comandos" acusados pelo MP dizem não ter dinheiro para se defender. É assim que a Associação de Oficiais justifica ter aberto uma "conta solidária" para pagar a defesa dos militares, tendo já recebido 5 mil euros. A notícia é da TSF.
Há mais um caso suspeito na esquadra de Alfragide: um homem de 50 anos, cabo-verdiano, queixa-se de ter sido espancado em fevereiro após incidentes no bairro 6 de Maio, diz o DN. O DIAP está a investigar a queixa.
E ainda há esta: a responsável da Segurança Interna soube do assalto a Tancos pelas notícias. E o chefe de Estado-Maior diz que não foi avisado de qualquer ameaça.
Preocupante também é o que está na nossa manchete de hoje: as mulheres não reagem a dois em cada três actos de violência, mostra um novo e abrangente inquérito, feito porta-a-porta no concelho de Lisboa. A Câmara promete criar uma espécie de loja do cidadão para as vítimas.
Para o Governo há outras dores de cabeça. Como a do défice que aumenta(um regresso), mas que Centeno diz que é temporário; como a da CGD, com o Bloco a testar um limite legal às comissões bancárias.
Na banca, as novidades passam pelo BPI em versão catalã: menos pessoas e juros, mais comissões e crédito. E pelo Novo Banco, que propõe perdas entre 11% e 90% a investidores.
E na TAP passam por uma companhia portuguesa... mais chinesa (bem dizia o Paulo Futre).
Textos onde parar
1. O que vai mudar nas escolas em Setembro. Ainda não é a revolução, mas há coisas que mudam muito para alguns - e outras (menos) que mudam para todos. A Clara Viana preparou um guião para pais e filhos, para que saibam com o que contar. E acrescentou este lembrete: o que está ainda para vir (aqui sim, talvez uma revolução). Já agora, fica esta nota adicional: o Ministério decidiu, afinal, investigar "irregularidades" nas matrículas.
2. Mulheres já não ligam ao sexo depois dos 50? Tribunal europeu discorda (e condena Portugal). Um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo baseou-se em estereótipos de género ligados ao papel subalterno da mulher e à sua função procriadora, dizem os juízes de Estrasburgo. A Ana Henriques lembra a história e tira as lições da sentença.
3. A nova medicina estética: a seringa antes do bisturi. Aos 49 anos e trabalhando com figuras públicas, Isabel, consultora de comunicação, sentiu que precisava de manter uma aparência jovem. A pele estava a “perder firmeza”, a ficar pouco luminosa, a denunciar a passagem do tempo. Não pensou sequer numa intervenção cirúrgica, mas em combater o envelhecimento através de métodos menos invasivos. Isabel não é a única: Com a área da estética, em geral, numa rota de ascensão, são os ditos procedimentos minimamente invasivos que mais têm crescido. A Bárbara e a Catarina explicam como.
E para seguir a rota da Fugas, este "Nina, Dirk e um chá à beira-mar". A pergunta é da Alexandra Prado Coelho: "Cultivar chá verde no Norte de Portugal?" A ideia parecia louca quando Nina Gruntkowski e Dirk Niepoort pensaram nela pela primeira vez, há cinco anos. Mas esta Primavera já houve a primeira colheita. Então e que tal?
1. O que vai mudar nas escolas em Setembro. Ainda não é a revolução, mas há coisas que mudam muito para alguns - e outras (menos) que mudam para todos. A Clara Viana preparou um guião para pais e filhos, para que saibam com o que contar. E acrescentou este lembrete: o que está ainda para vir (aqui sim, talvez uma revolução). Já agora, fica esta nota adicional: o Ministério decidiu, afinal, investigar "irregularidades" nas matrículas.
2. Mulheres já não ligam ao sexo depois dos 50? Tribunal europeu discorda (e condena Portugal). Um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo baseou-se em estereótipos de género ligados ao papel subalterno da mulher e à sua função procriadora, dizem os juízes de Estrasburgo. A Ana Henriques lembra a história e tira as lições da sentença.
3. A nova medicina estética: a seringa antes do bisturi. Aos 49 anos e trabalhando com figuras públicas, Isabel, consultora de comunicação, sentiu que precisava de manter uma aparência jovem. A pele estava a “perder firmeza”, a ficar pouco luminosa, a denunciar a passagem do tempo. Não pensou sequer numa intervenção cirúrgica, mas em combater o envelhecimento através de métodos menos invasivos. Isabel não é a única: Com a área da estética, em geral, numa rota de ascensão, são os ditos procedimentos minimamente invasivos que mais têm crescido. A Bárbara e a Catarina explicam como.
E para seguir a rota da Fugas, este "Nina, Dirk e um chá à beira-mar". A pergunta é da Alexandra Prado Coelho: "Cultivar chá verde no Norte de Portugal?" A ideia parecia louca quando Nina Gruntkowski e Dirk Niepoort pensaram nela pela primeira vez, há cinco anos. Mas esta Primavera já houve a primeira colheita. Então e que tal?
Agenda do dia
- Ferro Rodrigues convocou os líderes parlamentares, para debater o pedido do PSD para a realização urgente de uma reunião da Comissão Permanente sobre as vítimas de Pedrógão Grande (ainda antes de se saber a lista das vítimas);
- O ministro-adjunto junta os autarcas da área de Pedrógão, para preparar a experiência-piloto de cadastro simplificado;
- O primeiro voo directo entre Pequim e Lisboa aterra esta manhã em Lisboa;
- O filho e o ex-director de campanha de Trump são hoje ouvidos no Senado, no âmbito da investigação sobre a alegada ingerência russa nas eleições presidenciais americanas;
- Mariano Rajoy é hoje ouvido como testemunha pelo juiz que está a investigar o processo sobre a vasta rede de corrupção que envolve vários responsáveis do Partido Popular, actualmente no poder.
Só para acabar...
Talvez seja bom saber que o novo restaurante de Belém é um balcão (e uma piscina) sobre o Tejo - isto, claro, caso esteja por Lisboa.
Se estiver no Porto, mantenha a fé: é que do Porto a Santiago, o caminho também se faz pelo litoral. E agora ninguém se perde.
Mas, de Norte a Sul, de Este a Oeste, a melhor sugestão que temos hoje para si é mesmo esta que vem da nossa equipa de Ciência: use o dinheiro para comprar tempo livre - assim será mais feliz.
É precisamente o que lhe desejo: que tenha um dia feliz (em férias ou a trabalhar). Já sabe, por aqui conta sempre connosco, com um prazer imenso, muitas notícias e até aquela nota de humor.
Até já!
Nenhum comentário:
Postar um comentário