David Dinis, Director
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Bom dia! Hoje há menu cheio de notícias, com o Agosto quase a chegar ao fim.
Em Houston, as chuvas abrandaram, mas já tarde demais para evitar uma catástrofe: o volume de chuva bateu recordes, duas grandes barragens nos arredores de Houston começaram a transbordar, obrigando a evacuar 13 mil pessoas e levando o autarca a impor um recolher obrigatório. O número de mortes oficial já se aproxima dos 20, isto enquanto a tempestade se alastra do Texas para o estado do Luisiana. A nossa última actualização está aqui, tirando a parte relativa a Donald Trump, que chegou a Houston e não fez a coisa por menos: "Queremos que olhem para nós, daqui a cinco ou dez anos, e digam que é assim que se faz", disse o Presidente.
Quem também falou esta noite foi Kim Jong-Un, para dizer ao mundo que o míssil foi o primeiro passo de uma operação militar no Pacífico. E que essa "operação" tem como objectivo "conter Guam” (território americano) e responder aos exercícios militares da Coreia do Sul e EUA. Mas atenção: como nos explica o João Ruela Ribeiro, a resposta podia ter sido pior. E o que disse o Conselho de Segurança da ONU? Que condena "fortemente" a acção de Ppyongyang - sem novas sanções.
Esta manhã, no Japão, Theresa May já deixou um aviso: que ninguém conte com o Reino Unido para entrar num conflito militar com a Coreia do Norte. E quem tem a obrigação de controlar Kim é a China, disse a primeira-ministra (via Telegraph). Se tiver uns minutos para perceber melhor esta "guerra por procuração" da China na crise da Coreia do Norte, é ler José Pedro Teixeira Fernandes, que explica tudo com detalhe.
Falando em Theresa May, aqui está um aviso para ela: o Brexit pode pôr em risco o fornecimento de carne fresca para o Reino Unido, alertou esta noite o consórcio de distribuidores de retalho (notícia da Bloomberg).
No Público hoje
Greve onde não havia: hoje é na Autoeuropa, gerando o "espanto" de António Chora, o histórico presidente da comissão de trabalhadores, que fala ao Negócios de uma “tentativa do PCP pressionar o Governo para algumas cedências noutros lados”. Se António Chora tem ligação conhecida ao BE, vale a pena sublinhar a expressão usada ontem por Catarina Martins para falar da greve: "Enorme apreensão". A greve já começou, aparentemente, com forte adesão.
Greve onde não havia também na PT. Depois do relatório da Autoridade para as Condições de Trabalho, os trabalhadores já admitem ir para a segunda greve da história da empresa - e nem excluem pôr a PT nos tribunais, se a empresa e o Governo nada fizerem para travar cortes de pessoal e pressões indevidas. Na nossa manchete de hoje está a resposta do PS, que já admite mudar a lei para evitar mais problemas.
Pelo meio, temos as negociações do Orçamento de 2018. Confusas, ontem, porque o Governo deu números errados ao Bloco sobre quantas pessoas terão um alívio de IRS (entretanto corrigidos); mas também confusas porque o Bloco continua insatisfeito com a proposta do Governo para o IRS (as duas histórias contam-se aqui). Também confuso está o dossiê do descongelamento das carreiras, porque o Governo ainda não entregou dados - percebendo-se agora que polícias, militares e médicos arriscam ficar fora do processo. Hoje mesmo, numa entrevista à agência Lusa, o secretário de Estado Pedro Nuno Santos diz três coisas sobre as negociações: que o assunto das carreiras "ainda está em estudo"; que há abertura à exigência do BE de vinculação de professores contratados; e que o Governo quer ir além das exigências da "geringonça".
Falando em confusão, chegamos ao caso das viagens polémicas. Para lhe contar isto: ninguém sabe se o código de conduta da Saúde permitia viagens aos seus dirigentes (fosse à China ou à América). Ninguém sabe ou ninguém responde, até porque o Código de Conduta é incrivelmente dúbio sobre o assunto. Certo, certo é que as viagens pagas pela NOS e Oracle já estão a ser investigadas pela justiça. E que parte delas teve mesmo autorização de um ministro do Governo anterior, diz o Observador. Sendo que a Huawei ainda não se livrou do problema.
E vai mais uma, sobre o combate aos incêndios: afinal, a "alimentação especial" recomendada para todos os bombeiros só chega a alguns. Uma coisa é o que recomenda a DGS, outra o que faz a ANPC, explica o Luciano Alvarez.
Mas há também um dado que nos dá esperança: as denúncias por falta de limpeza de terrenos quadruplicaram depois de Pedrógão, conta a Renascença.
Já agora, para fechar uma polémica: afinal, o que encontrou a Comissão para a Igualdade nos livros para meninos e meninas?
E para manter uma bem acesa (sobre André Ventura): diz Carlos Moedas que "o PSD é e sempre será" um partido de tolerância. Dizem dois críticos de Passos que é inacreditável que o partido aceite um candidato que defende a pena de morte.
Verão que é de ler
O nosso tema de capa de hoje: os padres com filhos devem assumir paternidade? Num “momento histórico” na Igreja Católica, os bispos irlandeses determinaram que um padre que se torne pai tem a obrigação moral de “pôr os interesses da criança em primeiro lugar”. A Conferência Episcopal Portuguesa não prevê qualquer tomada de posição, enquanto os especialistas defendem fim do celibato. A Natália Faria põe o dedo na ferida aqui, recordando que o prazo dado pela ONU ao Vaticano para se pronunciar sobre o tema termina esta semana. E ainda há mais isto: “Existem mais de quatro mil filhos e filhas de padres, no mínimo, pelo mundo", diz Vincent Doyle, psicoterapeuta e fundador do Children of Priests International.
Não no Vaticano, mas em Veneza está o nosso Vasco Câmara, pronto para assistir ao festival de cinema. Por lá, este ano, há uma promissora luz portuguesa, numa competição que está cada vez mais entre Cannes e os Óscares (começando com Downsizing, o nome de um filme que não deixa de ser uma ironia neste contexto). Sim, neste último link o Vasco deixa a perspectiva do que se encontrará no Lido. E neste outro está a homenagem que lá será feita a dois nomes grandes da sétima arte: ladies & gentleman, Mrs Jane Fonda and Mr. Robert Redford, dois cowboys solitários em Veneza.
Por cá, é tempo de uma visita a Lamego, para ir ver o TRC ZigurFest - o festival onde a música portuguesa pode acontecer numa capela. E conta a Mariana Duarte: tudo começou porque uns miúdos de 20 anos andavam cheios de vontade de fazer “um festival na sua própria terra”.
Mote perfeito para fechar com esta história do P3, como sempre a tratar-nos por tu: E se um estranho te fizesse esta pergunta: “Qual é o teu sonho?”
Com uma pitada de sonhos, mas com uma mão cheia de realidade, nós aqui estaremos, sempre prontos a actualizá-lo com as últimas notícias.
Para si fica aquele sorriso, desejando-lhe um bom dia ;)
Até já!
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