quarta-feira, 30 de agosto de 2017

PORTUGAL Ex-ministro da Segurança Social autorizou viagem paga pela Huawei

Mota Soares assume que autorizou uma das viagens pagas pela Huawei em 2014 e garante que é "normal que estas visitas se façam"
Ex-ministro da Segurança Social autorizou viagem paga pela Huawei
Mota Soares, ex-ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, autorizou uma das viagens pagas pela Huawei em 2014. De acordo com o Observador, um ofício assinado por Gabriel Osório de Barro, chefe de gabinete do ministro do Governo de coligação PSD/CDS, referia que a 27 de Janeiro de 2014, o responsável do ministério autorizava a deslocação de João Mota Lopes, vogal do conselho directivo do Instituto Informático da Segurança Social (IISS).

Em declarações ao referido jornal, Luís Pedro Mota Soares explica que "é normal nas empresas e na administração pública a participação em congressos e seminários, que possam incorporar conhecimento" e que é habitual que "estas visitas se façam".

O ex-governante acrescenta ainda que aceitou que a viagem fosse feita porque tinha sido proposta pelo presidente do conselho directivo do IISS, Pedro Corte Real. "O presidente do conselho diretivo entendeu que a visita era relevante, e justificou-a", afirmou.

Na justificação apresentada, Corte Real diz ao ministro que a viagem se deveria celebrar para melhorar a "qualidade e eficiência dos serviços que o Instituto de Informática disponibiliza aos seus parceiros e clientes", ressalvando que "importa conhecer novos produtos, novas tecnologias e tendências."

"Este evento tem por objectivo a realização de um Summit com elementos da Administração Pública Portuguesa, por forma a dar a conhecer, em detalhe, a oferta da Huawei em termos de soluções e produtos", lê-se ainda no pedido de autorização. 

Questionado sobre se não deveria ser o Estado a pagar estes voos, uma vez que tinham interesse público, Mota Soares esclarece em alguns casos isso aconteceu, mas "noutros não". "Tem a ver com a prática normal do mercado, e estávamos num quadro de enorme contenção financeira", justificou.

Fonte: Revista Sábado

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