quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O Brasil e nosso precário desenvolvimento científico


                                                                       João António Pagliosa


A Educação é o fator primordial para o desenvolvimento de uma nação. E com a Educação alcançaremos desenvolvimento em todas as áreas da ciência.
Países como Israel, Coréia do Sul, China, Japão, e Índia, são exemplos emblemáticos... Ele investem pesado em ciência e tecnologia, e em razão disso, saíram da pobreza para a riqueza, num espaço de tempo de cinco a seis décadas apenas.
Entretanto, no Brasil, a educação é uma tragédia em todos os níveis.
Adquirir um diploma de segundo grau, ou um diploma universitário, é algo que se resolve em questão de poucas horas... Diplomados que desconhecem tudo, abundam por aí...
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, vem defendendo que investimentos na área da ciência, alcancem pelo menos 2% do valor do PIB, mas estamos muito longe disso... E este valor é mais de 4% em Israel e na Coréia do Sul, e em torno de 3,5% no Japão.
Qualquer país sério e comprometido com a riqueza de seu povo, investe dinheiro graúdo em ciência e tecnologia, isto é, sempre acima de 2% de seu produto interno bruto. E investem porque o retorno é garantido!
Aqui no Brasil, o Ministério da Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicações, (houve fusão de ministérios), neste 2017 sofrerá corte
de 44% nos seus recursos. Assim, dos R$5,81 bilhões que seriam investidos originalmente, o valor minguou para R$3,27 bilhões... Isto
é, o que já estava ruim, vai ficar pior... Um desalento para muitos abnegados cientistas... Vai ficar difícil!
Pasmem, estes 3,27 bilhões de reais é a metade do investimento de 2005, em valores corrigidos monetariamente...
Não é a toa, pois, que ocupamos apenas a 69º posição no ranking internacional de inovação científica. UMA VERGONHA!
Quem se informa minimamente, sabe e reconhece, que não se desenvolve um país sem financiamento contínuo na área científica. Por isso, entendo que há muita miopia na visão dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento, sob comando de Henrique Meirelles e Dyogo Oliveira, respectivamente.
Apesar de transito frequente em muitas universidades do mundo, estes dois ministros não entenderam que o corte de investimentos da área científica é como dar um tiro no próprio pé... O país freia...
Ora, nós precisamos copiar modelos que vem dando certo há décadas...
Israel e a Coréia do Sul, por exemplo, alcançaram progresso e riqueza para seus povos, principalmente via desenvolvimento científico.
Simples assim!
Não tentem reinventar a roda, prezados!

Curitiba, 02 de agosto de 2017.

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