A empresa de brinquedos norte-americana Toys 'R' Us apresentou um pedido de insolvência devido à sua elevada dívida e às mudanças nos hábitos de consumo dos consumidores, que compram cada vez mais pela Internet.
A empresa apresentou o pedido de 'proteção de falência' no Tribunal de Falências do Distrito Leste da Virgínia (Estados Unidos).
Com várias em lojas em Portugal, a empresa avançou com um processo para reestruturar a sua rede comercial, que inclui fechar as instalações menos lucrativas e renovar o resto para melhorar a experiência de compra dos consumidores, segundo disseram à agência de notícias EFE fontes conhecedoras do processo.
A cadeia planeia gastar grande parte do valor do 'empréstimo' de falência na compra de produtos e no financiamento das suas operações, de acordo com a mesma fonte.
Nos Estados Unidos, quando uma empresa não consegue cumprir a sua dívida e pagar aos credores, pode apresentar uma petição de proteção de falência.
No seu caso, a Toys 'R' Us optou pela via segundo a qual a empresa mantém, na maioria dos casos, controlo sobre as suas operações, mas sob supervisão judicial.
A Toys 'R' Us diz que a supervisão judicial permitirá reestruturar a dívida e que as operações fora dos Estados Unidos e do Canadá, incluindo mais de 250 lojas licenciadas e parcerias na Ásia, não integram este pedido.
Atualmente, a cadeia de brinquedos tem cerca de 1.700 lojas em todo o mundo e, no ano passado, gerou uma receita de 11.500 milhões (cerca de 9.590 milhões de euros).
A empresa foi criada em 1948 por Charles Lazarus, que aproveitou o 'baby boom' após a Segunda Guerra Mundial e abriu o seu primeiro estabelecimento em Washington, sob o nome de Children's Bargain Town.
Em 1957, adotou o nome Toys 'R' Us, com o qual entrou me Bolsa em 1978.
Em março de 2005, o consórcio formado pelas firmas Kohlberg Kravis Roberts, Bain Capital e Vornado Realty Trust chegou a um acordo para retirar a Toys 'R' Us do mercado e comprá-la por 6.600 milhões de dólares.
Em 2013, abandonou os planos para regressar ao mercado. Desde então, manteve um alto endividamento, o que limitou sua capacidade de investir em planos de crescimento, incluindo o desenvolvimento do seu canal online.
Se, no início, a aposta da empresa era abrir estabelecimentos de grande formato nos arredores das principais cidades, agora concentra-se no desenvolvimento de lojas de proximidade no centro das principais cidades.
Lusa
Nenhum comentário:
Postar um comentário