Segundo o Dr. Evaristo de Miranda [foto], da Embrapa, o Brasil se destaca na preservação ambiental com mais de 66% de seu território coberto por vegetação nativa. Esse número sobe para quase 75% se estiverem incluídas as áreas de pasto nativo do Pantanal, Pampa, Caatinga e Savana. Toda a produção de grãos (milho, arroz, soja, feijão), fibra (algodão, celulose) e agroenergia (cana-de-açúcar, florestas de energia) ocupa apenas 9% do território brasileiro. Os produtores rurais destinam mais áreas à preservação da vegetação nativa em suas propriedades (20,5% do território brasileiro) do que todas as unidades de conservação juntas (13%).
Esses dados da Embrapa resultam, principalmente, de informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR), criado pelo Código Florestal, que acaba de completar cinco anos. Mais de 4,1 milhões de propriedades rurais, totalizando mais de 410 milhões de hectares, foram registradas no Serviço Florestal Brasileiro até maio de 2017.
Os agricultores detalharam em mapas, com base em imagens de satélite, o uso de ocupação da terra, conforme previsto pelo Código Florestal. Em uma comparação com a Declaração de Imposto de Renda, é como se o contribuinte precisasse descrever, na planta de sua casa, como cada peça do mobiliário está disposta e qual o uso de cada cômodo. Na Amazônia, por exemplo, o contribuinte terá de mostrar que 80% da propriedade não estão em uso, e foram separados como reserva legal. E também que ele conserva e paga impostos por todas as áreas, inclusive a porção de 80% cujo uso está proibido.
Fonte: ABIM
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