terça-feira, 19 de setembro de 2017

Proteção exagerada e onerosa

Evaristo Miranda
Segundo o Dr. Evaristo de Miranda [foto], da Embrapa, o Brasil se destaca na preservação ambiental com mais de 66% de seu território coberto por vegetação nativa. Esse número sobe para quase 75% se estiverem incluídas as áreas de pasto nativo do Pantanal, Pampa, Caatinga e Savana. Toda a produção de grãos (milho, arroz, soja, feijão), fibra (algodão, celulose) e agroenergia (cana-de-açúcar, florestas de energia) ocupa apenas 9% do território brasileiro. Os produtores rurais destinam mais áreas à preservação da vegetação nativa em suas propriedades (20,5% do território brasileiro) do que todas as unidades de conservação juntas (13%).
Esses dados da Embrapa resultam, principalmente, de informações do Cadastro Ambiental Rural (CAR), criado pelo Código Florestal, que acaba de completar cinco anos. Mais de 4,1 milhões de propriedades rurais, totalizando mais de 410 milhões de hectares, foram registradas no Serviço Florestal Brasileiro até maio de 2017.
Evaristo Miranda
Os agricultores detalharam em mapas, com base em imagens de satélite, o uso de ocupação da terra, conforme previsto pelo Código Florestal. Em uma comparação com a Declaração de Imposto de Renda, é como se o contribuinte precisasse descrever, na planta de sua casa, como cada peça do mobiliário está disposta e qual o uso de cada cômodo. Na Amazônia, por exemplo, o contribuinte terá de mostrar que 80% da propriedade não estão em uso, e foram separados como reserva legal. E também que ele conserva e paga impostos por todas as áreas, inclusive a porção de 80% cujo uso está proibido.

Fonte: ABIM

3 comentários para Proteção exagerada e onerosa

  1. Antonio Jamesson NascimentoResponder
    18 de setembro de 2017 à 5:40
    Penso que a questão maior não é a maior ou menor percentagem explorada e/ou conservada. O maior problema (foco na solução e não no problema) é a falta de seriedade e responsabilidade social, ambiental e humana dos grandes conglomerados interessados no uso e exploração mineral ou agropecuária que “prometem” uma coisa (quando prometem) e fazem outra, deixando a terra degradada, o ambiente insalubre e as mazelas para o nativo e sociedade local e para a ineficiência das políticas públicas brasileiras, cujos Poderes têm se demonstrado incapazes de “fazer acontecer” o fato sonhado de que nossas riquezas sejam finalmente transformadas em “ordem e progresso” desenvolvimento e bem estar sustentável para o povo nativo e para a população brasileira. Vejam o que acontece em Minas Gerais com as áreas degradadas onde foram explorados minérios preciosos como o urânio, por exemplo. Por outro lado, uma preservação extremista, ideológica e ideologizante, serve apenas a interesses que não são legítimos para o Brasil, deixando grande parcela miserável de nossos irmãos pátrios “dormindo em berço esplêndido” sem dele usufruir.
  2. 18 de setembro de 2017 à 14:37
    Os países e ONGS que nos criticam com a leniência maldosa da imprensa parda, depois de eliminarem suas florestas naturais ou quase toda, tentam posar de “bons mocinhos”. São lobos em pele de cordeiro. Ou como os chama o Sr. Luis Dufaur: “São eco-terroristas”.
  3. MARIO HECKSHERResponder
    18 de setembro de 2017 à 17:51
    Sem dúvida, a preservação ambiental exagerada prejudica o desenvolvimento da agropecuária, a principal vocação do Brasil e salvação de nossa economia.

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