sábado, 7 de outubro de 2017

Editorial: ADASCA a caminho dos 11 anos de existência

Quem já se inscreveu uma vez não adianta voltar a fazê-lo de novo, porque mantém-se na base de dados até aos 55 anos idade.
Pouco falta para que a Associação de Dadores de Sangue do Concelho de Aveiro – ADASCA complete 11 anos de actividade intensa na área da dádiva de sangue, 11 anos sempre ao lado dos dadores de sangue, não só ajudando na resolução de problemas diversos como ainda quem nos procura, também apoiando e promovendo campanha para a inscrição de potenciais dadores de medula óssea, tendo como alvo doentes com leucemia que chegam até nosso conhecimento através de amigos, familiares ou por outros meios, como acontece agora com o jovem João Pedro de Ílhavo.

Nunca dissemos não ao que podemos fazer desde que esteja ao nosso alcance, tendo como recompensa muitas vezes a ingratidão. Porque será que só somos lembrados desta associação, quando surge uma necessidade complicada, para de seguida se esquecerem da mesma? Como todas as demais associações a ADASCA também luta com sérias dificuldades financeiras, na medida que não tem fontes de receitas nem apoio financeiro da Câmara Municipal de Aveiro, ainda que tenha distribuído uns milhares de euros apenas por algumas, em vésperas das eleições. Parece que és bruxo...

Deixa-me profundamente desconfortável aqueles dadores que não se definem, ou seja: não são carne nem peixe, usando expressões muitas vezes reveladoras de ignorância sobre os direitos que as leis lhe conferem.

Doar sangue na ADASCA ou outro lugar qualquer não é tudo a mesmo coisa, perguntam alguns? Claramente que não é. É tudo para o mesmo, para o doente. Como o futebol Clube do Porto não é igual ao Benfica.

Há quem efectue a sua dádiva de sangue noutros locais (associações, clubes disto e daquilo), mas, quando lhes surge problemas para resolver batem à porta da ADASCA. Porque será?

Onde efectuam a dádiva, é onde os dadores se devem dirigir, porque esta associação não é tapa buracos de ninguém.

As pessoas não se definem, o que lhes interessa é que os seus problemas sejam resolvidos. Muitas vezes nem um obrigado se ouve em forma de agradecimento. Que ingratidão!

Em Aveiro existe um grupo protegido pelo CST de Coimbra que procede assim, interessa-lhe ter os dadores para doarem sangue, a seguir chuta-os para canto. Ao que parece os dadores gostam de ser tratados assim. Ai se me fosse permitido escrever aqui o que me vai da alma…

A sociedade civil deveria avaliar a vossa benévola acção e dar o contributo que desejaríamos fosse notório. Fica a vossa parte entregue a quem a merece. Um abraço distante mas com o calor que merecem!

Bem hajam! Que o vosso exemplo seja seguido por outras Instituições”. Assim escreveu o ex-dirigente Mário Freitas, homem que tudo fez para que não faltasse sangue durante anos no Hospital do Barlavento Algarvio.

Dirigentes como este estão a escassear com o decorrer do tempo, e o Conselho Directivo do IPST não os tem em consideração. 

A recompensa é esquece-los, quiçá fazendo votos para que não incomodem mais.

As influências, as cunhas, o compadrio junto do CST de Coimbra passaram a ser uma constante, e o sentimento de impunidade idem. O que andamos a sustentar? Os jet set |djéte séte| o snobismo, vulgo “jobs for the boys” na área da dádiva de sangue está a causar náusea social. Abram os olhos caros dadores, e procurem saber quem está do vosso lado.

Temos pena!

J. Carlos

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ADASCA promove Campanha a favor do jovem natural de Ílhavo que luta contra Linfoma


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