Quem anda na promoção da dádiva de sangue há uns anos como eu, é confrontado com certos acontecimentos que dão para pensar. Quando o CEDACE funcionava independente do IPS, as pessoas que se disponibilizavam para se registar como potenciais dadores de medula óssea, preenchiam uns formulários, mesmo que se encontrassem a tomar comprimidos, tais como antibióticos, vacinas, mesmo se encontrassem com sintomas de gripe.
Agora, uma vez que o referido CEDACE passou a fazer parte integrante do IPST tudo mudou, sem que os dirigentes associativos que andam no terreno tenham conhecimento das alterações introduzidas na avaliação clínica, independentemente de estes não serem médicos nem enfermeiros, mas, são os primeiros a ser contactos pelos interessados em fazer parte da base de registos, são eles que implementam no terreno as acções directas junto da comunidade.
Exemplo: uma jovem candidata a doar sangue, faz questão de se registar para medula óssea em simultâneo, ora, se não é aprovada para doar sangue, também não se pode registar para a medula porquê? Este novo modelo coloca-nos uma pulga atrás da orelha…
Sabe-se que a recolha de sangue para medula óssea não dá lucro ao ISPT, enquanto que a dádiva é como a cereja no topo do bolo, vale ouro.
Apreciamos estes procedimentos no Posto Fixo da ADASCA com alguma regularidade. Alguém do IPST se sente movido pela amabilidade de nos explicar como isso se processa? Antecipadamente agradecemos, porque os leitores do Litoral Centro agradecem e serve para desfazer as dúvidas que vão surgindo.
Por fim, custa-nos ver cartazes danificados, quando os mesmos têm por fim divulgar as acções que a ADASCA tem em curso com o propósito de ajudar alguém que pediu apoio, como está acontecer com o jovem João Pedro de Ílhavo. A quem incomodam os cartazes? Esta sociedade não pode a minha, aquela em que desejo viver.
O material danificado é caro, e quem o danifica revela certamente um comportamento anti-social, senão mesmo uma personalidade desviante, irresponsável, mesmo que se trate de um adulto.
Ai daqueles que necessitam, os que dependem de componentes sanguíneos, como aconteceu comigo, ficamos reduzidos à total dependência de outros para continuarmos a ter alguma qualidade de vida,
Até amanhã na colheita de sangue no Salão da Junta de Freguesia de Cacia.
J. Carlos
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