Diogo Queiroz de Andrade, Director adjunto
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Olá bom dia,
especialmente se se chama Maria. O seu nome está definitivamente na moda, como confirma a lista de nomes preferidos para as crianças portuguesas. A lista do Instituto dos Registos e Notariado confirma que 5580 crianças nascidas em 2017 são Maria, que lidera destacado o top de nomes no feminino. Já para o top masculino, é Santiago que vai à frente, escolhido para 1869 bebés.
Daqui passo para a história de uma mulher que não se chama Maria, mas Anna – isso mesmo, com dois nn. A ucraniana Anna Muzychuck é campeã mundial de xadrez e recusou ir disputar o título a Riade, na Arábia Saudita, devido à forma indigna como este país árabe trata as mulheres. O Jorge Miguel Matias conta que ela sabe que isso lhe custará o título mundial mas que assume os riscos porque os princípios têm de falar mais alto que os títulos e o prémio monetário.
No topo da actualidade noticiosa está outra notícia que se relaciona com princípios e dignidade: é ainda a polémica da alteração à lei de financiamento dos partidos, e hoje de manhã a Leonete Botelho conta que o Presidente não foi informado de nada. Se por acaso não acompanhou com atenção toda a polémica, temos uma lista prática com todas as alterações decididas pelos partidos e também uma listagem das formas como a democracia prevê que faça ouvir a sua voz e expressar a crítica (ou apoio) a esta alteração legislativa.
Por falar em partidos e em democracia, também é bom saber que a Lusa vai mudar a liderança do conselho de administração na primavera e que o Governo está a considerar dois nomes para o lugar da agência noticiosa: Gabriela Canavilhas e João Soares, ambos deputados socialistas, ambos ex-ministros da cultura e ambos publicamente críticos do trabalho jornalístico, nem por acaso aqui do Público: Canavilhas pediu o despedimento de uma jornalista e Soares ameaçou dois colunistas com um par de bofetadas.
António Saraiva, líder da CIP, queixa-se de um Governo que estará “muito refém” do PCP e do BE, pedindo que a nova liderança do PSD possa negociar com o executivo medidas que ajudem a economia. Está tudo aqui, na entrevista Público/Renascença de hoje. Na economia, destaque para os atrasos nas entregas das encomendas de Natal, que ainda não terão chegado a algumas famílias. A Luísa Pinto tira a temperatura às queixas dos consumidores e à gestão das empresas de distribuição, a quem são assacadas as maiores responsabilidades.
Permita-me sugerir que dedique algum tempo a olhar para o que vai mudar nas nossas vidas em 2018, que é o nosso grande tema de destaque do dia. Da economia familiar à educação, à saúde, às finanças e até à cultura, o que é previsível para 2018 está já traçado neste grande trabalho de hoje.
E por falar em 2018: se ainda não tiver planos para a passagem de ano, pode ver este texto do Nuno Pacheco com o alinhamento dos concertos em Lisboa, na Praça do Comércio, e no Porto, nos Aliados. Ainda em tom musical, veja a simpática dedicatória que Madonna deixou à capital portuguesa, que continua definitivamente na moda.
Mas ainda estamos em 2017, no dia que Jorge Nuno Pinto da Costa faz oitenta anos. E o JN preparou um bonito vídeo com homenagens da família ao herói do Futebol Clube do Porto, que vale a pena ver.
Amanhã, quem faz 153 anos é o Diário de Notícias, que está a preparar uma edição especial e que já teve a má notícia de perder o director por um dia que tinha convidado para o dirigir. Nada que impeça o nosso voto de parabéns ao vetusto DN.
Não posso terminar sem referir duas leituras importantes que escapam à espuma dos dias mas que vão revelando mais do que somos: a primeira é uma boa notícia por más razões, que é o aumento de notoriedade que têm tido os defensores do Rio Tejograças à seca e à poluição; a segunda é o relato de como é o desporto em cadeira de rodas, que precisa de meios para crescer e se espalhar pelo país.
Amanhã estarei outra vez no seu email para começar a despedida de 2017. Mas aquiestamos todos, a todas as horas, a trabalhar na informação que merece ser lida, vista e ouvida. Até amanhã.
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