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David Dinis, Director
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Bom dia!
O fim-de-semana foi prolongado e cheio de notícias.
As últimas são estas:
Donald Trump meteu-se numa embrulhada. Depois do seu ex-conselheiro Michael Flynn ter sido acusado de mentir ao FBI, o Presidente acusou a agência de estar "em farrapos". E publicou um tweet dizendo que o tinha despedido precisamente por esse motivo... há alguns meses atrás (o que o que deixa à mercê de uma acusação por obstrução à justiça). Vai daí, o seu advogado veio esta noite dizer que foi ele o autor desses 150 caracteres (o que também não ajuda nada ao caso). O The Guardian conta tudo, sem pontos de exclamação.
Maduro criou uma "criptomoeda", para "vencer o bloqueio financeiro" e fazer transacções financeiras com o exterior. A moeda virtual está, diz o líder da Venezuela, está ancorado em reservas de "ouro, petróleo, gás e diamante". E vai chamar-se "El Petro", reporta o El Pais.
Theresa May falhou um acordo com a Irlanda. Apesar dos esforços negociais deste fim-de-semana, a chefe de Governo britânica não conseguiu uma solução para a fronteira que o Brexit ameaça trazer de volta. Para o almoço de hoje em Bruxelas, resta-lhe um cheque de valor ainda secreto.
No futebol, atenção ao Sp. Braga - que venceu e se colou ao Benfica. Atenção também à violência, que fez terminar um jogo a meio e pôs outro jogo a ferver. E para uma dúvida: a nossa máquina de fazer golos está a gripar?
E a super-lua? Conseguiu vê-la? Foi a única deste ano, mas valeu bem a pena esperar por ela. Se não a apanhou, passe os olhos por aqui.
O que marca o dia
O desafio de Francisco Pedro Balsemão: o novo presidente da Impresa diz que a nova administração da ERC, o regulador dos media, tem que chamar a si o processo da compra da TVI pela Altice - avisando que este "esmagaria toda a concorrência", pondo em causa o pluralismo e a democracia. A entrevista ao PÚBLICO também passa pela situação da empresa: "Seria de uma extrema arrogância pensar que podemos ficar sozinhos".
A esperança de Mário Centeno. A liderança do Eurogrupo decide-se hoje, com o português na pole position - mas já com muitas cartas marcadas: as palavras-chave do novo presidente são "transparência" e "responsabilização", mas a grande missão será mesmo a reforma do euro. Ontem, Dijsselbloem deixou um aviso ao sucessor: “Cuidado com a complacência”. Antes, já Marcelo fazia um outro. Mas atenção: se Centeno é favorito, o passado mostra que não são favas contadas, lembra o Observador.
Um alívio (para já) na Autoeuropa. Diz o Negócios que a administração da empresa vai voltar a negociar com os trabalhadores, não desistindo ainda de um acordo que permita a produção do novo modelo por cá.
Uma boa campanha contra a fome. Os portugueses doaram mais de 2200 toneladas de alimentos ao Banco Alimentar contra a Fome, mais do que no ano passado. E os voluntários foram mais de 40 mil.
O Bloco quer cantinas geridas pelas escolas. No Orçamento o Governo foi forçado a aceitar uma vigilância mais apertada, mas os bloquistas não desistiram do objectivo maior: que seja o Estado a controlar a alimentação nas escolas. O projecto conta-se aqui.
Um problema que começa cedo. Os jovens até aos 14 anos são os que mais praticam delitos, mostra um estudo sobre reincidência descoberto pela Ana Dias Cordeiro.
Duas notícias sobre o SNS. O número de cesarianas, que está acima do limite em 25% dos hospitais, conta o DN; e o projecto do Governo para pôr os hospitais a tratar doentes em casa (no JN).
Uma notícia sobre o seu dinheiro: a Lei do Trabalho não impede o pagamento de subsídios em duodécimos. A Raquel Martins diz o que é preciso fazer para ainda o receber em 2018.
Um guia para sobreviver às compras do Natal. Com a ajuda da DECO, começámos a publicar alguns artigos para ajudar à sobrevivência da sua carteira e da sua... sanidade. Começa aqui: vamos aproveitar bem o subsídio?
Ler para aprender
1. Como Sócrates usou a máquina do Estado para ganhar milhões. Depois de perder as eleições de Junho de 2011 e já como 'cidadão', o ex-PM recorreu à máquina diplomática para marcar reuniões com governantes estrangeiros, ocultando os seus propósitos, acusa o Ministério Público. Utilizou duas missões como observador internacional para agir e prometeu palavras favoráveis nos seus comentários televisivos se tudo corresse bem. Ainda primeiro-ministro, chamou antigos colaboradores para acompanhar as pretensões do grupo de Leiria. O Nuno Ribeiro olhou para o lado mais político da acusação e chegou a isto.
2. Zé Pedro, o eterno cavalheiro do rock’n’roll. Soube muito cedo o que queria ser e o punk mostrou-lhe como o conseguir. Sonhador de pés na terra, estrela no palco e cavalheiro fora dele, Zé Pedro foi o guitarrista e a alma dos Xutos & Pontapés. Morreu na quinta-feira, aos 61 anos. O Mário Lopes prestou-lhe esta bonita homenagem. E o Vítor Belanciano esta outra: "Era como qualquer um de nós, sendo absolutamente único".
3. Sonae, a segunda vaga dos Azevedo. Belmiro de Azevedo cedeu o poder aos filhos há dez anos e afastou-se por completo em 2015. A sua saída provocou mudanças profundas na estratégia da Sonae. Mais conciliador e aberto à negociação, Paulo Azevedo conseguiu “abrir novas fronteiras de crescimento”. E tornou o grupo mais saudável e competitivo. Mas nos momentos mais tensos, a rebeldia e insubmissão do engenheiro, que morreu nesta quarta-feira, aos 79 anos, voltavam a emergir. A história da sucessão, contada pelo Manuel Carvalho e pela Rosa Soares, começa numa confissão de Belmiro: “Deixei ao Paulo a Sonae num momento lixado.”
4. O provocador fotógrafo da Benetton está de volta. Chama-se Oliviero Toscani e durante quase duas décadas criou algumas das publicidades mais controversas da marca italiana de vestuário. 17 anos depois, regressa com uma nova campanha. A Catarina Lamelas Moura esteve em Treviso a assistir ao regresso.
5. A Fugas fez um especial sobre vinhos. Para nos mostrar as novas tendências do nosso tinto, uma imperfeição mágica, alguns vinhos que venceram o fogo, o branco que vence no frio e, claro, para nos dar 10 escolhas de grandes colheitas. O Manuel Carvalho fez a prova de uma edição realmente saborosa.
Agenda do dia
Por cá, aguardamos a hora da decisão: o Eurogrupo vota ao início da tarde o novo líder das finanças do euro, com o nosso outro Ronaldo bem posicionado para receber a honra. Por essa hora, o Banco de Portugal já nos terá dito se Centeno marcou outro golo prometido, colocando a dívida finalmente a descer. E António Costa estará reunido com o Governo de Marrocos, numa cimeira que não tem previsto discutir o sorteio do próximo Mundial de Futebol (que junta os dois países no mesmo grupo).
Lá por fora, Theresa May almoça com Juncker para discutir a factura do Brexit. Enquanto em Madrid o Supremo decide sobre os ex-membros do Governo da Catalunha, ainda presos sob acusação de sedição. Na Ásia, começam os exercícios militares conjuntos entre Coreia do Sul e EUA, pondo pressão sobre Pyongyang.
É tempo de pôr mãos ao trabalho, por estes dias com um motivo extra: é que o frio é tanto que pôs nove distritos em alerta amarelo. Para aquecer, porque não?
Dia bom, de sorriso rasgado.
Até amanhã!
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