sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Manuel Maria Carrilho absolvido do crime de violência doméstica

Manuel Maria Carrilho foi, esta sexta-feira, absolvido do crime de violência doméstica contra a sua ex-mulher, Bárbara Guimarães, e condenado a um dos 22 crimes de difamação.
"Este tribunal não deu como provado o crime de violência doméstica", disse a juíza Joana Ferrer, considerando que prova pericial apresentada era inconclusiva e que a prova testemunhal, ainda que bastante vasta, era "incapaz de sustentar a acusação".
Para a Justiça "este caso está nos antípodas de uma relação de rebaixamento", acrescentou.
Mas o ex-ministro da Cultura foi condenado por um crime de difamação ao pagamento de uma multa de 150 dias (900 euros) e a uma indemnização de três mil euros. A juíza Joana Ferre deu vários exemplos do que não poderia ter acontecido.
"A repetida exposição de um assunto tão sensível não deveria ter tido lugar", apontou, referindo-se às acusações de alcoolismo feitas pelo arguido à sua ex-mulher, Bárbara Guimarães.
A magistrada lamentou o "furacão que atingiu esta família" e lembrou que "no epicentro estão duas crianças".
Após a leitura da sentença, Joana Ferrer decidiu dizer umas "palavra finais", para lembrar que vivemos numa Democracia, que os tribunais são órgãos soberanos e que "os tribunais não são órgãos plenários onde as pessoas já entram condenadas".
Já cá fora, Manuel Maria Carrilho disse que estava aliviado, que acabava um martírio de quatro anos. Quando questionado sobre se iria recorrer, respondeu: "quero é ir ter com o meu filho".
Já o seu advogado, Paulo Cunha e Sá, disse estar muito satisfeito.
Recorde-se que a 31 de outubro, num outro processo que envolve o ex-casal, Manuel Maria Carrilho foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa por agressão, injúrias, violência doméstica. Este caso prendia-se com factos ocorridos em 2014, quando o casal já se encontrava separado.
JN

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