O Tribunal de Setúbal condenou à pena de 23 anos o principal arguido no processo de crimes de abusos sexuais de oito crianças em Palmela. A pena resulta do cúmulo jurídico de dezenas de crimes do líder da falsa seita "Verdade Celestial", de acordo com o JN.
Rui Pedro abusou de sete rapazes entre os cinco e os 14 anos e um adolescente. Os crimes aconteceram entre 2013 e 2015.
Em julgamento estavam oito arguidos suspeitos de abuso sexual de crianças numa quinta de Brejos do Assa, no concelho de Palmela, que se apresentavam como elementos de uma seita religiosa, e que conheceram hoje o acórdão do tribunal de Setúbal.
Nas alegações finais, o principal arguido no processo por alegado abuso sexual de crianças pediu para si próprio a pena máxima de 25 anos de prisão, mais do que tinha sido pedido pelo Ministério Público (23 anos).
O líder do grupo e principal arguido no processo, que se fazia passar por psicólogo e que se intitulava como mestre da falsa seita religiosa "Verdade Celestial" -- uma capa, segundo a acusação, para esconder os alegados abusos sexuais de crianças -, estava acusado de dezenas de crimes de violação, lenocínio e pornografia de menores, entre outros.
Entre as vítimas dos crimes está o filho do principal arguido no processo, que terá sido vítima do pai.
Segundo a acusação, os arguidos "revelavam um total desrespeito pelas crianças" que frequentavam a quinta para terem explicações ou participarem em atividades organizadas pelo líder do grupo. As crianças eram convencidas de que as sevícias sexuais a que eram sujeitas eram "atos purificadores".
O caso chegou ao conhecimento da Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal, que, em junho de 2015, efetuou uma operação policial que culminou com a detenção de oito pessoas - cinco homens e três mulheres.
Na mesma operação efetuada na quinta de Brejos do Assa, no distrito de Setúbal, a polícia apreendeu computadores, colchões, vídeos e fotografias, elementos de prova no julgamento, que decorreu à porta fechada
DN
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