O comandante dos bombeiros de Pedrógão Grande foi hoje constituído arguido na sequência dos incêndios naquele concelho, depois de ter sido ouvido pelo Ministério Público no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Leiria. São já dois os arguidos no âmbito da investigação aos incêndios de junho. Em causa factos susceptíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência.
Magda Rodrigues, advogada da Liga dos Bombeiros Portugueses que representa o comandante dos bombeiros voluntários de Pedrógão, não precisou os eventuais crimes pelos quais o bombeiro voluntário de Pedrógão Grande está indiciado, mas disse que Augusto Arnaut está "tranquilo".
Augusto Arnaut esteve no comando das operações no período mais crítico da resposta às chamas em Pedrógão Grande.
De acordo com uma informação da Procuradoria-Geral da República à RTP, em causa estão factos susceptíveis de integrarem os crimes de homicídio por negligência e ofensas corporais por negligência.
Hoje de manhã, o segundo comandante distrital de Leiria, Mário Cerol, também confirmou ser arguido na sequência dos incêndios de Pedrógão Grande. Contactado pela RTP, Mário Cerol confirmou ter sido constituído arguido no processo que investiga a resposta ao incêndio de junho em Pedrógão Grande.
O segundo comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro de Leiria, que foi ouvido no passado dia 5 de Dezembro, escusou-se a fazer mais comentários. À agência Lusa revelou não estar a receber apoio jurídico da Autoridade Nacional de Proteção Civil.
O incêndio que deflagrou a 17 de Junho em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, manteve-se ativo durante uma semana, tendo alastrado a vários concelhos vizinhos.
O último balanço oficial refere 64 vítimas mortais e mais de duas centenas de feridos. Houve também notícia do atropelamento de uma mulher que procurava escapar ao fogo. Em Novembro morreu uma outra mulher que se encontrava internada em estado grave.
RTP / Lusa
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