JACQUELYN MARTIN |
A senadora democrata Kirsten Gillibrand defendeu esta terça-feira, em declarações à estação televisiva CNN, a renúncia de Donald Trump da Presidência dos EUA, no seguimento das acusações que lhe foram dirigidas de assédio sexual.
Pelo menos 16 mulheres, segundo o título especializado em política The Hill, acusaram Trump de assédio sexual durante a campanha eleitoral de 2016. Este sempre rejeitou as acusações e a Casa Branca alega que as mulheres estão a mentir.
Três mulheres que acusaram em 2016 Trump de assédio sexual lamentaram hoje, em conferência de imprensa, o facto de não lhe terem sido exigidas responsabilidades, ao contrário do que aconteceu com outras figuras públicas.
Durante uma entrevista concedida à jornalista Christiane Amanpour, a senadora, eleita pelo Estado de Nova Iorque, afirmou: "Segundo estas mulheres, o Presidente Trump atacou-as sexualmente.
Estas são alegações muito credíveis de mau comportamento e atividade criminosa, pelo que ele deveria ser investigado plenamente e deveria resignar".
Jessica Leeds, uma daquelas três mulheres que falou durante a conferência de imprensa promovida pela Brave New Films, produtora que está a realizar uma longa-metragem sobre as mulheres que acusam Trump de comportamento sexual inapropriado, lamentou: "Em outros setores da sociedade, as pessoas são responsabilizadas por comportamentos inapropriados, mas não o Presidente".
Na mesma conferência de imprensa compareceram outras duas mulheres, Rachel Crooks e Temple Taggart, que também acusaram, durante a campanha para as eleições presidenciais de 2016, Trump de assédio sexual.
Já numa entrevista num programa matinal da estação norte-americana NBC, as mulheres exigiram a abertura de um inquérito no Congresso norte-americano.
"O correto seria renunciar, mas não acho que o faça. Só podemos pedir ao Congresso que se encarregue disso", reforçou Rachel Crooks.
Lusa
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