Não houve acordo entre Governo e parceiros sociais, mas aumento vai-se concretizar a partir de Janeiro.
O salário mínimo nacional vai subir dos actuais 557 euros para os 580 euros, um aumento de 4,1%. Não houve acordo entre Governo e parceiros sociais, mas a subida de 23 euros avança em Janeiro.
Esta terça-feira foi a ronda decisiva nas negociações para definir o valor do salário mínimo para o próximo ano.
Na última reunião, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, apresentou uma proposta de 580 euros e afirmou que era "muito provável" que fosse esse o valor final.
A CGTP insistiu nos 600 euros de salário mínimo já a partir de Janeiro – mais 20 euros em relação à proposta do Governo, que resultou de um acordo com o Bloco de Esquerda. O Governo pretende, pelo contrário, que esse aumento se dê apenas em Janeiro de 2019.
Os patrões também não concordam com a proposta do executivo e João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), criticou a imposição do Governo e a falta de método na actualização do ordenado mínimo.
Esta terça-feira, em conferência de imprensa depois da reunião, António Saraiva disse que não se tinha chegado a qualquer entendimento nesta reunião, uma vez que o Governo não aceitou as contrapartidas que as empresas pediam, nomeadamente a redução das contribuições para o Fundo de Compensação de Trabalho de 1% para 0,20%, bem como alterações ao pagamento por conta.
A seguir a António Saraiva foi a vez de Lucinda Dâmaso, da UGT, explicar que não foi possível haver acordo devido à intransigência das empresas. A UGT pedia o aumento para os 585 euros, mas estava disposta a aceitar as modificações ao Fundo de Compensação de Trabalho, como pediam as entidades patronais.
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, falou no final e disse que as entidades patronais tinham pedido, em contrapartida ao aumento do salário mínimo, que o Executivo se abstivesse de legislar na área laboral, algo que não é aceitável.
Sobre as propostas de alteração do Fundo de Compensação, Vieira da Silva disse estar disposto a discutir as mudanças, mas não na escala de 1 para 0,2%.
Fonte: Renascença
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