sábado, 16 de dezembro de 2017

Um Pai Natal sem barba postiça e outras histórias

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Fugas
  Sandra Silva Costa  
Há coisas às quais não vale a pena tentar escapar. Falta pouco mais de uma semana para o Natal e, mesmo que quiséssemos (não é o caso), seria quase impossível passar-lhe ao lado. Vai daí, o que temos hoje para si são várias propostas relacionadas com o calendário. De qualquer forma, se o leitor é daqueles que não aprecia a quadra, não desista ainda de nós: também cá há sugestões para outros gostos. Vamos a isso?
Começamos por Colmar, França. O Sousa Ribeiro andou por lá e descreve-nos o cenário de conto de Natal que por estes dias invade alguns dos principais bairros da cidade alsaciana. Luzes, doces cheirosos, artesãos de muito engenho compõem a moldura de encanto a que poucos conseguem escapar. Só não deve haver Pai Natal em Colmar, porque o verdadeiro é português e tem estado ocupado com as crianças portuguesas. Jackas é, claro, o nosso protagonista da semana – e explicou à Maria José Santana que é o único Pai Natal devidamente certificado pela escola Santa Claus Oath. A história é para ler aqui.
Ainda imbuídos pelo espírito natalício, é abrir o Pote da Gula. Este é o nome do projecto de Vanessa Melo, que pegou nos 164 municípios de baixa densidade para recolher os produtos regionais que lhe traziam a infância à memória. Vende-os sob a forma de potes, que na verdade são cestos de vime, onde cabe o salpicão de Arcos de Valdevez, o queijo de ovelha amanteigado de Fornos de Algodres ou um azeite biológico de Celorico da Beira. O Tiago Ramalho guia-nos neste mapa de sabores que quer diminuir as desigualdades entre o interior e o litoral.
Fechamos o capítulo Natal com uma lista de livros que ficam bem no sapatinhoe avançamos para outras águas. Literalmente: a Patrícia Carvalho e o Adriano Miranda foram experimentar a vida a bordo do Queen Victoria, num cruzeiro de Lisboa a Southampton. Dizem-nos hoje que o importante é a viagem, não o destino, e explicam-nos porquê.
Já a Mara Gonçalves conta-nos uma história que começa como deve ser: “Era uma vez uma senhora muito velhinha que vivia com uma dezena de gatos num casarão de pedra numa aldeia da Beira Interior.” Não digo mais nada, só isto: estas palavras abrem-nos as portas do Carya Tallaya, um hotel rural que nasceu das memórias de infância de três irmãos em Vale das Éguas, no distrito da Guarda.
Para o fim, como habitualmente, um texto para abrir o apetite: o José Augusto Moreira foi a Braga conhecer os sabores do Boa Boca, onde a cozinha bebe toda a inspiração no conceito e produtos italianos, contando com pratos bem montados e apresentados de forma apelativa.
Chega por hoje? Marcamos encontro para a semana, mesmo, mesmo nas vésperas de Natal. Até lá, vá passando por aqui, temos sempre coisas boas para lhe mostrar. Boas viagens!

Fonte: Público

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