David Dinis, Director
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Ora viva!
Aqui estão as primeiras notícias do dia:
O México não vai pagar muro algum. O chefe de gabinete do Presidente dos EUA reconheceu que Donald Trump estava "mal informado" quando fez a promessa na campanha.
Trump acusou a Rússia de ajudar Coreia do Norte a evitar as sanções impostas pela ONU.
A Apple anunciou um mega-investimento nos EUA, um plano que renderá milhões em impostos ao orçamento federal. E a Peugeot também: a marca liderada pelo português Carlos Tavares conta só produzir carros eléctricos já em 2025.
O Parlamento britânico aprovou a lei para sair da UE. Mas a divisão dos deputados foi grande - e ainda falta a votação na Câmara dos Lordes.
Foi descoberto um desenho de Van Gogh feito em Paris. Chama-se A colina de Montmartre com pedreira e terá sido feito em 1886.
O que marca o dia
A novela do Montepio tem mais um capítulo: o banco está obrigado a captar 970 milhões para a Mutualista, mais um problema a juntar-se às nuvens que pairam sobre o universo Montepio. Mais, acrescenta a Cristina Ferreira, todos os membros do Conselho de Administração da Caixa Económica estão debaixo de escrutínio do Banco de Portugal, que terá chumbado a sua continuidade no banco. É por tudo isto que, aqui no PÚBLICO, não vamos largar o caso Montepio. Porque, como explico no Editorial, "é preciso reconstruir o Montepio - e começar agora. Com cuidado, para a casa não cair, mas sem começar as obras pelo telhado. Antes que seja tarde de mais".
Mais dossiês suspensos, à espera de Rui Rio. Mesmo com a oposição interna a afiar as facas no PSD, há boas expectativas de negociação na regulação do lobbying; e também no Pacto da Justiça, que hoje será tema na abertura do ano judicial, lembra o DN.
O ano judicial começa com a sombra do caso Manuel Vicente: numa entrevista ao PÚBLICO e Renascença, o ex-bastonário dos Advogados deixa um aviso: “Não estamos a tratar com um angolano qualquer” (sendo que é na segunda parte da entrevista que ele nos deixa um desabafo compungente: “Somos como os iogurtes. O meu prazo está a chegar ao fim”.
O jornal i fala de um outro caso judicial com embaraço diplomático: a ministra da Justiça pode recuar na extradição de um arguido do processo Lava-Jato, arriscando esfriar as relações com o Brasil.
A tragédia de Pedrógão já tem mais arguidos: são mais sete, a juntar aos dois anteriores, segundo a SIC. Já agora, junto este alerta que chegou ontem: ainda há 57 municípios sem planos de defesa da floresta. E esta proposta que vai ser discutida hoje: o PCP quer um portal com tudo sobre fogos de 2017 e a floresta.
Para o Interior do país, mais uma má notícia: adivinhe quem vai ser mais castigado com o aumento das portagens?
E ainda há este novo protesto na Educação, que deixa adivinhar mais uma greve a caminho...
... e um sinal estranho das Finanças, que tiraram a expressão “o mais cedo possível” da nota sobre progressões.
Só para acabar, deixo-lhe o registo de um problema que parece mal resolvido: “O accionista chinês não manda na EDP”, diz Lacerda Machado ao ECO. E um caso seguramente mal resolvido: Manuel Pinho terá recebido mais de 315 mil euros do chamado "saco azul" do GES, diz o Observador.
Leituras e um podcast
Uma prova científica:
As mulheres são mais resistentes do que os homens. Uma equipa de cientistas recuperou dados dos últimos 250 anos e concluiu que as mulheres resistiram sempre mais em situações de adversidade, como a fome, as epidemias e a escravatura. E há razões biológicas, também, que justificam a maior esperança de vida.
Um documentário sobre elas:
Não escolheram ser solteiras, mas sentem-se pressionadas a casar. Duas realizadoras espanholas investigaram os mitos enraizados sobre as mulheres solteiras: descobriram testemunhos reais e revelaram preconceitos escondidos. Singled [Out] quer mudar a narrativa sobre o celibato feminino e pode chegar aos cinemas em meados de 2018. O P3 já tem a preview.
Um Podcast com os olhos no futuro:
As mentes — e os corpos — vão ser digitais, garante Arlindo Oliveira, o presidente do Instituto Superior Técnico, que acaba de lançar um livro onde destaca a forma como a ciência está a redefinir a humanidade. No Mutante, o Diogo Queiroz de Andrade partiu daí para uma conversa sobre progresso, ficção científica, biologia, computação, a mente e a consciência.
A agenda do dia
A sessão de abertura do ano judicial costuma ser uma monotonia, mas desta vez, às 15h00, o pano de fundo promete (Angola, PGR, o pacto da Justiça). No Parlamento, o PS leva a votos uma proposta para limitar os "cobradores de fraque" - e o Bloco outra, para limitar a imposição de mobilidade aos trabalhadores. Isto enquanto Rui Rio vem a Lisboa, para se reunir com Passos Coelho na São Caetano à Lapa.
Lá por fora, Macron e Theresa May reúnem-se em Londres para discutir Callais e o terrorismo, enquanto a Coreia do Sul decide se vai suspender a transacção de bitcoins. Nos EUA, começa o Festival de Cinema Independente de Sundance - com um português em competição e muita expectativa sobre o que nos chegará às salas nos próximos tempos.
Dito isto, deixo-lhe mais um podcast nosso, hoje com um título feito para esta hora: porque é que não falamos de sexo ao pequeno-almoço?
Vá, é só para ouvir :)
Vamos ao trabalho?
Dia produtivo, dia feliz! Até já!
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