sábado, 10 de fevereiro de 2018

10 de Fevereiro de 2018 Carnaval, sabores do Algarve e uma colecção de telefones

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Fugas
 
 
  Sandra Silva Costa  
Eu sou mais do que suspeita, porque sou vareira: nasci no concelho de Ovar, um dos muitos que, em Portugal, não deixa os créditos por mãos alheias na altura do Carnaval. Vai daí, gosto do mundo de fantasia que se vive por estes dias. Entre matrafonas e freiras, polícias e ladrões, super-heróis e princesas, animais e bobos da corte, o céu é o limite para jogar (ou correr) o Carnaval, usando um regionalismo que possivelmente só os vareiros conhecem. Desta vez, porém, vamos jogar o Carnaval um nadinha mais longe: a Mara Gonçalves e o Adriano Miranda recordam-nos como viveram a folia em Tenerife, nas Canárias, Espanha. Foi em 2017 que lá estiveram, mas a receita é mais ou menos a mesma: durante dez dias, a festa naquele que é o segundo maior Carnaval do mundo sai para a rua e toma conta de todos os espíritos. O relato, sem tabus, está aqui.
A quem não vai muito à bola com o Carnaval, sugiro que apanhe a boleia da Alexandra Prado Coelho, que foi Guadiana acima conhecer os sabores menos badalados desta zona do Algarve. Entre o mar e a serra, e com ostras, pão de Odeleite e enguias no farnel, redescobrem-se histórias e produtos que sabem àquilo que já quase tínhamos esquecido. Bom apetite!
É de apetite que nos fala também José Augusto Moreira, que foi à vila minhota de São Torcato provar o famoso “bacalhau racheado” – assim mesmo, não é gralha. No restaurante Fentelhas, tirou a prova dos nove ao prato-emblema da casa e confirmou que a qualidade do produto, aliada a uma execução primorosa, fazem dele uma espécie de religião. Ora prove.
Vamos agora do Minho ao Algarve, apenas com um clique. Bem pertinho de Lagos, fica o Vila Valverde, o primeiro hotel rural com cinco estrelas da região. A Mara Gonçalves passou lá uma noite e voltou retemperada para contar a história de como uma ruína deu lugar a uma unidade que foge ao rústico para unir design contemporâneo e qualidade de serviço.
E do Algarve subimos para Cacia, no distrito de Aveiro, para conhecermos o protagonista da semana. Chama-se Agostinho Pinto – mas se preferirem podem chamar-lhe “senhor telefone”, ele não deve importar-se. À Maria José Santana mostrou a imensa colecção destes aparelhos (e produtos a eles associados) que guarda na sua casa de Sarrazola – e contou-lhe que já recusou duas OPA para a transformar num museu. Há um museu, sim, mas é informal, basta bater à porta. A história completa é para ler aqui.
A fechar, digo-lhe que amanhã é Dia Mundial do Casamento e o Sousa Ribeiro traça um mapa de cinco lugares no mundo para dar o nó. De Ibiza à inevitável Las Vegas, passando por Marrocos e pela Índia.
Já chega por hoje. Despeço-me com votos de bom Carnaval. Eu volto para a semana, mais ou menos à mesma hora. Aqui, já sabe, há sugestões para todos os dias. Boas viagens!

Vale a pena voltar aqui



Há chá verde e bolos japoneses para o lanche

No Kanazawa, Paulo Morais decidiu aumentar a oferta e abrir duas tardes por semana para lanches que nos vão fazer conhecer melhor a doçaria japonesa.

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