sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Opinião: O Parente Pobre e Miserável da Proteção Civil

Convém que alguém diga que os futuros 1100 efetivos dos GIPS da GNR não vão resolver o problema dos incêndios florestais por si só, principalmente em situações de múltiplas ocorrências.

Não é menos verdade que toda esta publicidade que está a ser feita, além de enganosa, está até a levar à loucura alguns elementos dos corpos de Bombeiros porque acham que podem ser substituídos nas suas funções.

Esqueçam meus amigos! O parente pobre da Proteção Civil e o filho bastardo deste Governo estará presente igualmente como sempre foi, basta não ter memória curta e olhar para as estatísticas e para o empenhamento do efetivo dos Bombeiros nos incêndios dos anos anteriores.

A única coisa que é verdade é que esta “maluqueira” do Governo em criar este efetivo revela que os mesmos estão preocupados com o Show-Off! “Juntou-se a fome com a vontade de comer”: Coronel Paixão que foi o primeiro comandante dos GIPS, António Costa que foi o seu promotor e um Tenente-general Mourato Nunes ex-comandante da GNR.

Ora o parente se já era pobre passou a miserável, e se dúvidas havia basta ver que apesar das ameaças da Liga de Bombeiros Portugueses os GIPS já tem o seu futuro bem definido e o parente miserável nem sabe onde vai cair morto.

O que é que o Governo sabe sobre a ameaça de consequências no dia 28 de Fevereiro? Sabe o mesmo que eu: os Bombeiros não vão faltar ao socorro por mais que gritem e chorem, terão os Comandantes e os Presidentes de Direção (que por terem interesses políticos e de tachos) irão contra o que for aprovado em conselho nacional da LBP, haverá os interessados em que isto corra bem para o lado deles, etc..

Se fosse para discutir o preço por km no transporte de doentes.. nisso somos umas máquinas!!

O miserável parente pobre da ANPC, que só por acaso garante quase na totalidade toda a sua atividade verá os seus mais de 500 anos de história numa prateleira pela incompetência dos seus dirigentes que são incapazes de defender os interesses das suas instituições!

Por isso meus caros, a continuar neste clima é ver morrer!

No verão (ou até já hoje), quando os telefones tocarem vai tudo “a toque de caixa” para os incêndios e o parente rico é que vai para os media dizer que apaga isto tudo porque até nisso somos uns miseráveis, dado que nesta altura do campeonato continuamos a não ter um gabinete de comunicação com orçamento próprio e independente, capaz de fazer passar as mensagens que todos conhecemos: 100% de eficácia – quer o Coronel Paixão goste ou não!

E digam a verdade: os Postos da GNR estão sem efetivo, é preciso andar a juntar guardas de postos para fazer uma patrulha para responder aquilo que é a verdadeira missão da GNR, uma frota de ação policial a cair de podre e a GNR investe naquilo que não é a sua missão nem a sua história.


Estão a metamorfosear a GNR em nome da loucura da atividade política e dos visionistas da transmutação!

Tenho dito,

Ricardo Correia – Presidente da ABPS

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