David Dinis, Director
|
Bom dia!
Vamos às últimas notícias?
Na Venezuela houve "crimes contra a humanidade". Um grupo de peritos da Organização dos Estados Americanos divulgou um relatório de 400 páginas, que acusa membros do Governo de Maduro de ter cometido crimes tão graves que devem ser julgados no Tribunal Penal Internacional. O principal é este:,"Usar o Estado para aterrorizar o povo".
Um crítico de Putin foi assassinado em Kiev. Arkady Babchenko, um correspondente de guerra que saiu da Rússia há um ano, dizendo não se sentir "seguro" lá, foi morto sua em casa com três tiros. Há suspeitas de que o crime esteja relacionado com os seus textos críticos para com o Kremlin, conta o The Guardian.
Trump anunciou mais sanções comerciais à China. E com o anúncio, oficial, pode ter posto em causa as negociações previstas para os próximos dias, anota o The New York Times.
Depois de um comentário racista, a ABC cancelou uma sitcom. Roseanne Barr tinha voltado ao ar 21 anos depois e o regresso foi um enorme sucesso. Mas foi posta de lado depois de ter feito um comentário racista no Twitter. O Rodrigo conta-nos tudo.
Notícias do dia
A eutanásia chumbou, mas a esquerda olha para 2019, explicam a Maria Lopes e a Sofia Rodrigues, na síntese do que aconteceu ontem, numa votação com vitoriosos e derrotados. De resto, no caso da IVG tudo demorou 10 anos. O que sobra daqui é que "neste debate tocou uma sirene" - é isso que eu defendo no Editorial do dia.
A Saúde vai lançar uma campanha de choque contra tabaco: “Uma princesa não fuma!”.
Um alerta para diabéticos: o Infarmed está a retirar do mercado tiras de teste da glicemia.
Um outro na Educação: a greve de professores ameaça matrículas, férias e fase de novas turmas, diz o DN.
Os presos denunciam repressão no sistema prisional: cada queixa dá um castigo.
Portugal vai perder 7% dos fundos de coesão, mas os eurodeputados prometem luta a um pacote que tem novos critérios (aqui explicados pela Rita Siza).
A Altice não vai apresentar novos 'remédios' para poder comprar TVI. A Autoridade da Concorrência deve chumbar o negócio em Junho, acrescenta hoje o Negócios.
O FC Porto perdeu um trunfo: o jovem Diogo Dalot está a caminho do Manchester United.
Crise na UE, ler com cuidado
1. Costa, Merkel e a grande crise italiana. O primeiro-ministro português recebe nesta quarta e na quinta-feira a chanceler alemã, numa altura em a Europa volta a tremer com uma crise (desta vez) em Itália. A Teresa de Sousa fez cinco perguntas a António Costa para saber o que espera dela e destaca-nos três ideias-chave: a de que ele culpa o atraso na reforma do euro; que Portugal estará protegido do turbilhão nos mercados; e de Merkel foi um apoio importante contra os críticos da 'geringonça'. Os temas e agenda da visita estão aqui, enquanto a Sofia Lorena deixa um ponto de situação sobre o sismo político em Roma: mercados e UE em modo pânico, Liga e 5 Estrelas já em campanha. Em Bruxelas, a Rita Siza cruza tudo isto numa entrevista a Maria João Rodrigues: a Itália tem um “dilema impossível”, a Alemanha uma escolha clara.
2. Enquanto isso, em Espanha, o líder do Ciudadanos mudou de estratégia e já admite apoiar a moção de censura do PSOE, se Pedro Sánchez aceitar convocar eleições imediatas, prescindindo de formar um Governo, conta o El Mundo. O problema, como nos explicou aqui há dias o Jorge Almeida Fernandes, e que "até há uns meses, a obsessão de Sánchez era o Podemos. Desde há semanas, é o forte avanço do Cidadãos". Virá crise, também em Madrid?
3. O "Steve desleixado" veio à Europa vestido de "ideólogo Bannon". O antigo estratega da Administração Trump, ridicularizado pelo Presidente norte-americano, esteve em Itália onde encontrou a audiência ideal para o seu projecto de vida: liderar um movimento internacional nacionalista com o objectivo de "devolver o poder às pessoas numa revolta populista". Antes, já tinha estado em França, Hungria e em Praga. Até onde irá Bannon a espalhar as suas ideias?
4. Estaremos perante a tempestade per-Trump-feita? Volto a uma crónica de segunda-feira, a do Ricardo Cabral, para cruzar todos estes dados: "As ‘perturbações’ provocadas pela administração Trump ao statu quo internacional, bem como a incerteza causada pelo novo governo italiano, podem ter consequências inesperadas". E acrescenta ele: "Este processo é um desafio à globalização e afigura-se irreversível. O sistema internacional tem de demonstrar ser capaz de se adaptar e reagir ao descontentamento manifestado por países e povos. De preferência a bem." Será?
Hoje na agenda
Por cá, Merkel começa a sua visita a Portugal (hoje é que é), enquanto Mário Centeno vai à Comissão de Orçamento, no Parlamento, para ser ouvido sobre o Novo Banco. Saem também dados sobre o desemprego relativos a Abril. E uma reunião importante, se não decisiva, na Concertação Social sobre as mudanças nas leis laborais. Ao fim do dia reúne-se o Conselho Nacional do PSD.
Lá por fora, o General Kim Yong Chol, da Coreia do Norte, vai reunir-se com Mike Pompeu para preparar a reunião entre Kim e Trump (afinal, parece estar de pé). Em Itália, o primeiro-ministro designado deve mostrar a sua equipa (que dificilmente ficará de pé).
Que seja um dia bom, que venha um feriado descansado
Até sexta-feira!
Nenhum comentário:
Postar um comentário