A primeira-dama dos EUA mostrou-se contra a medida da administração Trump de separar as famílias que se encontram de forma ilegal no país.
Num comentário feito pela porta-voz de Melania Trump à CNN, a primeira-dama disse que "odeia ver as crianças a ser separadas das famílias e espera que ambos os lados [republicanos e democratas] possam chegar a uma reforma de imigração com sucesso". Além disso, Melania Trump afirmou acreditar que é necessário que os EUA sejam "um país que cumpra as leis, mas também um país que governe com o coração".
Anteriormente, já Laura Bush, primeira-dama dos EUA entre 2001 e 2009, havia condenado a política controversa de Trump, ao escrever no jornal "Washington Post" que a separação das famílias era "cruel" e "imoral".
Devido a uma nova determinação da administração Trump, todos os adultos apanhados a cruzar a fronteira entre o México e os EUA ilegalmente são acusados de crimes federais. Como esta nova regra, os imigrantes com filhos já não enfrentam apenas um tribunal de imigração, mas entram no sistema criminal federal, pelo que os filhos são separados dos pais, sem um procedimento claro para a reunião das famílias.
Cerca de duas mil crianças já foram separadas dos pais ou guardiões e colocadas em instalações de detenção entre 19 de abril e 31 de maio deste ano, de acordo com um porta-voz do Departamento de Segurança Interna. Alguns abrigos e casas de acolhimento apresentaram queixas, dizendo que estão a ficar sem espaço. Há também reclamações sobre o facto de algumas crianças estarem a ser mantidas em jaulas sem os pais, segundo deputados do Partido Democrata.
Donald Trump já culpou diversas vezes os democratas pela situação. No Twitter, o presidente dos EUA disse que "os democratas podem resolver a separação das famílias na fronteira ao trabalharem com os republicanos por uma nova legislação". "Democratas são bons em apenas três coisas: impostos altos, níveis de criminalidade alta e obstrução!", acusou.
Contudo, críticos apontaram recentemente que retirar crianças dos pais é a consequência de uma política anunciada pelo procurador-geral Jeff Sessions no mês passado, para dissuadir os recém-chegados de passar a fronteira. Até esta política ter sido anunciada, as famílias detidas eram sujeitas a deportação civil, o que não significava separação.
De acordo com a BBC, o número de famílias sem documentação a tentar entrar nos EUA está a aumentar. Não é claro se a nova política vai parar a contínua tentativa de passar a fronteira. Isto acontece porque muitos imigrantes fogem da violência e pobreza em países como as Honduras e El Salvador, fatores que fazem ser melhor tentar entrar nos EUA do que ficar no país de origem.
Fonte: JN
Nenhum comentário:
Postar um comentário