O projeto Quina das Beatas, criado no Centro de Artes em 2006, tem por intuito a divulgação da nova música moderna portuguesa. Das centenas de bandas que já atuaram no espaço do café-concerto, a sua maioria em início de carreira, destacam-se grupos tais como os Dead Combo, The Legendary Tigerman, Sean Riley e os Linda Martini, hoje nomes conceituados do nosso panorama musical.
No dia 6 de Julho a Quina das Beatas vai “atravessar” a Praça da República e assentar arraiais no Club Lounge, onde, no primeiro fim de semana de cada mês, esta parceria mostrará o que de bom se vai fazendo na nova musica portuguesa.
E depois da espera, lá chegou a bonança.
Formados pelo Diogo na guitarra e na voz, Lourenço no baixo e na voz, e Bernardo na bateria, os Panado utilizaram o seu 2016 da melhor forma, fazendo o máximo de barulho possível por metro quadrado e a feliz consequência está prestes a sair cá para fora. Sem antecedência de aviso ou um EP para quebrar o gelo, os Panado dizem agora olá ao (sub)mundo, com "Juventude Coxa".
Sediados na Amexoeira, mas com as asas viradas para o mundo, é lá que chateiam os vizinhos e todos os mecânicos das redondezas. Depois de assegurarem que os mais diversos palcos deste país tinham apoio lombar, a jovem banda acampou por breves momentos nos Estúdios King (Hey Pachuco!) durante o passado Inverno, e com a ajuda do seu fiel companheiro Cláudio Fernandes, (PISTA, Nada-Nada, Cangarra entre outros), regurcitou o seu primeiro longa-duração.
"Juventude Coxa" são 3 putos, 8 músicas e tudo o que ficou pelo meio. Mais do que músicas são canções. E mais do que canções, são malhas. São 35 minutos de feedback, distorção e esquizófrenia latina. Com mais ouvidos que barriga, os Panado presenteiam-nos com uma viagem alucinante ao rock sónico dos anos 90, misturada numa nuvem de delay e melodias hipnóticas, onde o ritmo, a cor e a atmosfera das suas canções tornam "Juventude Coxa" num teatro sonoro especial.
14 JUL. SÁB. 23H
Mathilda e Gobi Bear
Quina das Beatas
Cantautor | CC | 3€ | M/12 anos
Diga-se o que quiser de Portugal e dos portugueses, mas se há algo de que não nos podem acusar é de não nos correr música no sangue. É longa a nossa tradição no que a cantautores diz respeito, com luminários desta e de outras gerações a despontarem dos restantes munidos apenas de uma voz e guitarra ao peito. É na ponta final de uma história que viu nascer Godinho, Fausto, Zeca Afonso, Benjamim, Sarnadas, Gobi Bear, entre tantos outros, que surge agora Mathilda, o alter ego musical de Mafalda Costa (Guimarães, 18 de Fevereiro de 2000).
Mafalda refugia-se neste termo, que não é mais do que uma variação do germânico Mahalta, de onde deriva o seu nome, para expor fragilidades, acompanhada ora por um ukulele, ora por uma guitarra eléctrica. Ao vivo, faz-se acompanhar por Diogo Alves Pinto, mais conhecido pela sua one-man band Gobi Bear, que desenvolve arranjos com percussões e guitarra.
Embrenhada nas raízes da família Planalto Records (a casa da folk talhada neste jardim à beira-mar plantado), que a ajudou a editar "Lost Between Self Expression and Self Destruction" em finais de 2017 - single lhe valeu o lugar de finalista no reputado Festival Termómetro. A cantautora vai percorrendo o seu caminho pacífico, à procura de encontrar o seu lugar neste longo conto, segura da voz, do vigor, da fantasia e da inocência tão própria dos jovens que nós também já fomos. Abra-se caminho para o encantamento da Mathilda.
Os acordes soltam-se por caminhos simples ou volteando por labirintos de distorções e, a guiá-los, segue uma voz meiga. Nascido há 26 anos em Guimarães como Diogo Alves Pinto, Gobi Bear é um alter-ego, mais do que uma banda de um homem só.
Já estava no fim da adolescência quando sozinho, começou a dominar a guitarra. Pouco tempo depois, com um punhado de músicas na mão, estava debaixo de todos os radares de quem se interessa pela nova música portuguesa.
"Our Homes & Our Hearts" foi editado pela Planalto Records em Novembro de 2017. "Sealion", em parceria com a cantora e compositora Surma, acabou por ser escolhido como primeiro single deste disco produzido pelo próprio. O oitavo trabalho de originais inclui ainda colaborações com emmy Curl no tema "Unloved" e com Helena Silva (Indignu) em "Fall". À semelhança do que acontecera nos discos anteriores, o Urso continua a explorar um universo muito singular, onde quebra as barreiras entre o live-looping e o indie folk, qual cantautor de guitarra em punho.
Gobi Bear lançou "Demo" (2011), "LP" (2012), "Mais Grande" (2012), "Inorganic Heartbeats & Bad Decisions" (2013), "Dare" (2014), "Bare" (2014) e "Gobi Bear" (2016). Os sete mereceram aplauso da imprensa e o reconhecimento em publicações nacionais e internacionais, na rádio e na televisão. O artista integra ainda a colectânea "Bons Sons" (2012), ao lado de nomes como António Zambujo, Linda Martini e Vitorino, entre outros. Nos últimos anos, integrou também outras colectâneas, como "Novos Talentos FNAC", "PLA : 007" e "Um ao Molhe".
Gobi Bear deixa as cordas soar como querem e faz canções. Ao vivo, camufla-se no ambiente ou provoca-o com barulho. Sozinho, desliga-se do mundo para o recriar.
CINEMA CAEP.
Morada: Praça da Republica nº 39, 7300-109 Portalegre Tel: 245 307 498
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