Relatório de organismo que fiscaliza as polícias revela que número de queixas aumentou para níveis absolutamente "altamente preocupantes", que exigem ser averiguados.
A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) está preocupada e promete fazer até ao final de 2018 uma auditoria ao elevado número de queixas contra agentes das forças de segurança por alegadas ofensas à integridade física.
A análise ao problema está no último relatório anual referente a 2017, consultado pela TSF e só agora divulgado, onde a IGAI repete o alerta feito noutros relatórios de que é "altamente preocupante" que 35% das queixas que recebe através do Ministério Público e dos cidadãos digam respeito a ofensas à integridade física.
No último ano foram 267 queixas, mais 13 que em 2016 - 177 contra agentes da PSP e 83 contra a militares da GNR.
Um número elevado que leva a entidade que fiscaliza o trabalho das forças de segurança a prometer fazer uma auditoria aos factos que levam a tantas denúncias, destacando que impõe-se uma "análise aprofundada das circunstâncias que o determinam".
Mais queixas, mas menos sanções
Se formos além das alegadas agressões, ao todo a IGAI recebeu, em 2017, 772 queixas contra forças de segurança, mais 6% que no ano anterior e o número mais alto desde 2013.
Depois das ofensas à integridade física, os casos mais denunciados referem-se à violação dos deveres gerais dos polícias ou guardas da GNR (157), entre eles comportamentos considerados incorretos.
Houve ainda 78 queixas por violação dos deveres especiais como ilegalidades ou irregularidades dos agentes de segurança, além de 70 casos de alegado abuso de autoridade.
Apesar de tantas queixas, 2017 teve menos sanções da IGAI contra membros das forças de segurança (6 contra 9 em 2016). No entanto, foram abertos mais inquéritos que no ano anterior (38, mais 8 que em 2016).
Fonte: TSF
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