sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Cristas reafirma que trocas nos ministérios provam que Governo “está em fim de mandato”

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A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, reafirmou ontem que as trocas nos ministérios "são a prova de que este Governo está em fim de mandato", sublinhando preocupação com a área da Energia, na qual admite que existam "incompatibilidades".
"Esta mudança no Governo é a prova de que este Governo está em fim de tempo e em fim de mandato. Mostra que o PS já não tem capacidade de recrutamento fora das suas hostes mais naturais. Passaram chefes de gabinete a secretários de Estado e pessoas que já antes colaboraram com o PS. Portanto, este Governo não tem rasgo e estas trocas não trazem frescura", disse a líder do CDS-PP.
Assunção Cristas, que falava à agência Lusa à entrada para um jantar do partido que decorre em Vila Nova de Gaia, distrito do Porto, não quis comentar o facto de o novo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, tutelar a área do Turismo, setor onde a sua mulher está presente ao dirigir a Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), mas apontou "incompatibilidades" noutras áreas.
"Analisaremos com atenção [a questão do ministro da Economia], mas choca-nos profundamente que tenhamos dois até agora deputados do PS e um foi para secretário de Estado da Energia e o outro, se o Governo quiser manter a indicação, irá para o regulador da área da Energia", referiu.
Para a presidente dos centristas, em causa está a escolha de Carlos Pereira, deputado do PS que em janeiro perdeu a liderança do PS/Madeira, para administrador da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), bem como do também deputado socialista João Galamba para secretário de Estado da Energia.
"Aí vimos uma grande e profunda incompatibilidade, porque o regulador tem de ser forte e independente, quer do setor que regula, quer do Governo. Isso choca-nos muitíssimo. O CDS entende há muito tempo que os reguladores podem ser indicados pelo Governo, escrutinados no parlamento, mas depois nomeados pelo Presidente da República", apontou Assunção Cristas.
Lusa

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