domingo, 7 de outubro de 2018

Fogo em Cascais/Sintra faz 18 feridos. Oito meios aéreos ajudam combate às chamas


Fogo começou às 22h50 de sábado e teve uma progressão muito rápida. Várias pessoas foram retiradas de casa. Há estradas cortadas.
Foto: Rodrigo Antunes/Lusa
O incêndio que lavra nos concelhos de Cascais e Sintra provocou, até agora, 18 feridos, anunciou este domingo de manhã André Fernandes da Proteção Civil.
Do total de vítimas, uma é um civil com queimaduras no braços e pernas de primeiro e segundo grau, que, portanto, "não inspira grandes cuidados"; oito são bombeiros, com lesões oculares e traumas nas pernas e que foram levados para o hospital de Cascais; e nove são também bombeiros, que foram assistidos no local e já estão de regresso ao teatro de operações.
O fogo começou na noite de sábado e teve umas “primeiras horas muito muito difíceis”, referiu André Fernandes, explicando que, por isso, a ação dos meios foi defensiva.
Nesse sentido, foram retiradas 47 pessoas “de uma série de localidades”, tendo 17 delas sido “deslocadas para a Sociedade Recreativa da Malveira e 30 para o Pavilhão Dramático de Cascais”.
Foram todas “devidamente acompanhadas pela Segurança Social, pela ação social da Câmara de Cascais e pela equipa do INEM”, adiantou.
O Parque de Campismo de Cascais foi também evacuado, tendo sido retiradas 300 pessoas. Foi “a maior evacuação feita por precaução”, refere o comandante distrital da Proteção Civil, acrescentando que não houve vítimas a registar nesta operação.
Foram ainda evacuados alguns clubes e centros hípicos, de modo a colocar os animais em segurança.
Aviões abastecem na Praia do Tamariz para combater incêndio em Cascais/Sintra
Aviões abastecem na Praia do Tamariz para combater incêndio em Cascais/Sintra
Neste domingo de manhã, o trabalho é de consolidação do que foi feito até agora. O fogo “teve uma progressão muito rápida, teve uma extensão muito longa e temos agora duas frentes que preocupam: Charneira e Malveira. As populações não estão em risco, mas há que consolidar o trabalho que está a ser feito”, afirma André Rodrigues.
Para tal, estão a operar oito meios aéreos, que ajudam os 756 operacionais no terreno, apoiados também por 221 veículos.
Foram ainda cortadas ao trânsito as estradas nacionais que dão acesso às zonas afetadas e o comandante da Proteção Civil apela à população que não se desloque para o local.
“Não venham para esta área e deixem as estradas para os meios de socorro”, pediu André Fernandes.
Em termos meteorológicos, as condições melhoraram com a redução da intensidade do vento e uma temperatura “na casa dos 23/25 graus”.
Quanto a danos materiais, o comandante da Proteção Civil indica “alguns apoios de madeira nalgumas áreas habitacionais” e “um veículo ligeiro que ardeu”, mas sem causar vítimas.
Quanto às causas para este incêndio, está já a ser investigado. Segundo o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, “estão no terreno agentes da Polícia Judiciária a investigar”.
Carreiras admite que “há um fator de circunstância anómalas, mas não vale a pena fazer especulações agora”.
RR

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