A deputada do PS na Assembleia da República e ex-secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Catarina Marcelino, defendeu hoje no Funchal que ainda há muito a fazer pelas pessoas que estão a regressar da Venezuela.
Momentos antes de participar numa mesa-redonda sobre "Cidadania e Inclusão - Políticas Públicas de Empoderamento", no âmbito dos Estados Gerais do PS-Madeira, a deputada disse aos jornalistas que há que encontrar respostas na Madeira que não passam só pelo apoio social que neste momento existe.
Referindo-se às ajudas sociais, Catarina Marcelino focou que a Segurança Social no continente está a mandar para a Madeira verbas na casa dos 4 milhões de euros para que o Governo Regional possa apoiar socialmente estas pessoas e, na área da saúde, o apoio é comparticipado pelo Governo da República em um milhão de euros, cabendo ao Governo Regional a sua aplicação e trabalho de proximidade.
Num plano mais abrangente, a deputada socialista defende que a sociedade "integre e inclua estas pessoas e que não olhe com desconfiança para elas."
Questionada pelos jornalistas sobre medidas que podem ser tomadas, Catarina Marcelino apontou, por exemplo, a criação de redes locais organizadas para resposta à violência doméstica, respostas de atendimento para jovens LGBTI que querem sair de casa ou têm problemas familiares, em que lhes seja dado apoio para a integração na sociedade, e um programa de educação para a cidadania nas escolas com as ONG.
Relativamente ao racismo e à xenofobia, considerou muito importante ter boas respostas para as pessoas que vêm, mas também formação para as pessoas locais, porque "muitas vezes o racismo e a xenofobia vêm do desconhecimento".
A mesa redonda teve por objetivo a recolha de contributos com vista à construção do programa de governo do PS na área da igualdade.
"Interessa-nos pensar em soluções e em políticas públicas", disse Elisa Seixas, coordenadora do programa do PS-M para a área da Igualdade.
A iniciativa contou com os contributos da Associação Presença Feminina, da Associação dos Amigos da Arte Inclusiva - Dançando com a Diferença, da Rede Ex-Aequo - Associação de jovens LGBTI e apoiantes e de uma associação de apoio aos venezuelanos.
Fonte: jm-madeira
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