quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

COIMBRA · REGIÃO Governo pretende continuar a investir na Mata do Buçaco


O Governo pretende dar seguimento ao investimento que tem feito no Buçaco, tendo como objetivo avançar com um projeto para “dar maior dignidade” à entrada da mata nacional, afirmou hoje o secretário de Estado das Florestas. 
“No próximo ano vamos dar continuidade ao investimento que temos vindo a fazer na Mata do Buçaco”, disse o secretário de Estado das Floresta e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, que falava aos jornalistas na cerimónia de reabertura da mata, na Mealhada (distrito de Aveiro), após a conclusão da primeira fase das obras de recuperação dos estragos provocados pela tempestade tropical ‘Leslie’.
Segundo o membro do Governo, o executivo irá fazer “todo o investimento que seja necessário” e não deixará que “haja falta de verbas para fazer aquilo que é preciso nesta mata”.
Nesse sentido, pretende-se continuar a investir em 2019 na preservação do Buçaco, bem como num projeto para “dar maior dignidade àquilo que é a entrada da mata”.
Miguel Freitas salientou que não apenas a mata, mas toda a serra onde está inserida, que abrange os concelhos de Mortágua, Penacova e Mealhada, tem “um elevado valor natural para o país, que é preciso olhar de uma forma diferente”.
Para a recuperação da Mata do Buçaco depois da tempestade ‘Leslie’ foram investidos 385 mil euros, a partir do Fundo Florestal Permanente, sendo que a celeridade do processo apenas foi possível por existir hoje “uma visão diferente” para aquele local, referiu.
“Em primeiro lugar, [a serra do Buçaco] passou a não ser apenas um elemento do município da Mealhada, mas um elemento que junta três municípios: Mealhada Penacova e Mortágua”, vincou, salientando que este ano foram constituídas quatro equipas de sapadores florestais naquela zona.
Miguel Freitas destacou ainda o facto de ter sido cumprida a promessa de reabrir a Mata do Buçaco antes do Natal, com “garantia de total segurança para as pessoas que a queiram visitar”.
O presidente da Fundação Mata do Buçaco (FMB), António Gravato, explanou aos jornalistas que a instituição está focada em transformar um momento de “adversidade” numa oportunidade “para repor a mata como estava e, se possível, melhorá-la”.
Para 2019, avançou, está prevista a plantação de 16 mil plantas em 22 hectares, bem como assegurar mais clareiras, por forma a reduzir a densidade da mata e torná-la também mais facilmente visitável.
A tempestade ‘Leslie’ derrubou centenas de árvores, entre as quais três que pertenciam ao trilho nacional de árvores notáveis, e deixou isoladas 60 pessoas no Palace Hotel e 14 nas casas de alojamento local espalhadas pela mata.
Com 105 hectares, a Mata Nacional do Buçaco foi plantada pela Ordem dos Carmelitas Descalços no século XVII, encontrando-se delimitada pelos muros erguidos pela ordem para limitar o acesso.

Fonte: NDC

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