Trata-se da greve convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que esta manhã teve mais uma reunião com o Governo.
Está encerrado o diálogo. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses mantém a greve agendada para este mês e que começa já na próxima terça-feira, dia 22.
A decisão foi anunciada esta quinta-feira de manhã, à saída da reunião com a ministra da Saúde, Marta Temido, que terminou sem acordo.
Em causa, explicou o sindicalista José Carlos Martins aos jornalistas, está a questão das carreiras, que ainda não ficou resolvida.
"Em relação à carreira, o Governo afirma que deu resposta àquilo que é a exigência da enfermagem com a consagração da categoria de enfermeiro especialista. Tudo o resto está muito longe daquilo que é a justa reivindicação: aquilo a que se entenderia de uma carreira justa e valorizada”, afirmou.
“O Governo não quer abrir a porta para negociar a aposentação mais cedo, mecanismos de compensação da própria penosidade. A carreira vai introduzir, por isso, elementos de injustiça. Neste quadro, iremos manter a greve de 22 a 25 de janeiro. Um dia de greve por região de saúde”, anunciou por fim.
Desde o início que os sindicatos estabeleceram pontos fundamentais a que o Governo tem de dar resposta para que o protesto dos enfermeiros termine: a criação da categoria de enfermeiro especialista, o descongelamento das progressões na carreira, os aumentos salariais e a antecipação da idade da reforma.
Até todos estes pontos ficarem acordados, as greves deverão manter-se.
A última ronda de negociações ocorreu na sexta-feira da semana passada, tendo o Governo marcado, no sábado, nova reunião para esta quinta-feira. Por causa disso, a greve ficou suspensa, mas será afinal concretizada.
O SEP, que é a maior estrutura sindical do setor, exige a contagem do tempo, a aposentação mais cedo e mecanismos de compensação.
Mais duas reuniões à tarde
A ronda de negociações continua esta tarde, com a ministra Marta Temido a receber, às 14h00, os dois sindicatos que convocaram a greve cirúrgica – uma paralisação que já provocou o adiamento de oito mil cirurgias.
Esta greve deveria ter começado na segunda-feira, dia 14, mas está suspensa até ao fim do encontro com o Governo, no qual participam também elementos do Ministério das Finanças.
O dia termina com a reunião entre o Governo e a Federação Nacional dos Sindicados dos Enfermeiros, por volta das 15h30.
RR
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