sábado, 23 de fevereiro de 2019

Jerónimo de Sousa: “Não se pode deixar o PS de mãos livres para prosseguir a política de direita de que foi um dos protagonistas nas últimas décadas”

Num jantar comício em Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro, Jerónimo de Sousa lembrou o contributo da CDU nos últimos três anos para resolver “os problemas mais urgentes no plano da recuperação de condições de vida e de trabalho dos trabalhadores”. 
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“Se não se vai mais longe é porque permanecem fortes constrangimentos e paralisantes contradições que impedem as respostas aos problemas resultantes do PS estar envolvido nas suas opções em relação à submissão à União Europeia, ao grande capital aos critérios constrangedores do euro”, afirmou o líder comunista.
Para Jerónimo de Sousa, isto acontece porque a CDU “não tem ainda a força necessária para afirmar uma verdadeira alternativa”.
“A vida está a provar quanto importante é reforçar a CDU para fazer avançar o pais e melhorar a vida dos portugueses. Os portugueses sabem que ganharam com a nossa iniciativa a nossa ação desta força impulsionadora de progresso e desenvolvimento. É a hora de aprofundar este caminho e avançar”, declarou Jerónimo.
O secretário-geral do PCP referiu ainda que “a solução para os problemas acumulados por anos de política de direita não encontra nem encontrará resposta” no PS, nem no PSD e no CDS, que considera ser os principais responsáveis pela situação do país.
Do PSD e do CDS, Jerónimo diz que só há a esperar “retrocesso social e económico” e da parte do PS “só se pode contar com as mesmas opções que têm impedido a resposta plena aos problemas nacionais”.
“Não se pode deixar o PS de mãos livres para prosseguir a política de direita de que foi um dos protagonistas nas últimas décadas. As suas proclamações de amor à Europa apenas ocultam a sua subordinação às orientações da União Europeia que serve o capital e os seus objetivos de exploração dos trabalhadores e do povo”, disse, defendendo que o país precisa de “uma política de rutura com as receitas e caminhos que afundaram o país”.
O líder comunista referiu ainda que o seu partido está a ser vítima de uma “campanha violenta de calúnias e difamação”, considerando que se trata de “um ato de vindicta por parte do capital, de forças que não estão com a cabeça de fora”, e garantiu que o PCP está bem.
“Quantas vezes declararam a morte do PCP, fizeram o funeral do PCP. Enganaram-se sempre, porque não sabem a chave do segredo. Este partido tem como ligação profunda as raízes colocadas no seio dos trabalhadores e do povo. Enquanto formos assim, ele não morrerá”, afirmou o secretário-geral do PCP perante mais de 200 simpatizantes e militantes.
Este jantar/comício, integrado nas comemorações do Dia Internacional da Mulher, contou ainda com a presença de João Ferreira, o cabeça-de-lista da CDU às eleições Europeias.
Lusa

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