A
Câmara Municipal de Cantanhede terminou 2018 com um resultado
líquido de 4.646.859
euros, valor que reflete um aumento de cerca de 70% em relação ao
obtido em 2017 e que influenciou o acréscimo dos fundos próprios em
5,6
milhões de euros, para 92,1
milhões de euros.
Estes indicadores, conjugados com a diminuição do
passivo em 3.135.084
de euros e o aumento do ativo em 2.457.432 euros, para 119 milhões
de euros,
“mostram bem o alcance da consolidação financeira realizada em
2018”,
refere a presidente da autarquia, Helena Teodósio, na introdução
ao Relatório de Gestão aprovado ontem, 16 de abril, com seis votos
a favor e uma abstenção.
Outro
dado enfatizado pela autarca é “a
redução da dívida de médio e longo prazo em 2.963.375 euros, um
decréscimo estrutural de 27,63% em relação a 31 de dezembro de
2017, sendo de destacar também a descida da de curto prazo, que
baixou 350.847 euros, um abatimento de 8,43% na existente no final do
exercício anterior”.
“Especialmente
relevante é igualmente o nível poupança corrente alcançada”,
afirma Helena Teodósio, adiantando que em 2018 se libertou da
receita corrente um total de 7.296.274 euros que foram aplicados
em despesas de capital (investimento),
refletindo “o bom
nível de eficiência na gestão das operações e um efetivo
controlo orçamental da despesa”.
À
semelhança do que aconteceu em 2017, a autarquia cantanhedense
efetuou o pagamento da totalidade das faturas recebidas até 31 de
dezembro de 2018, sublinha a autarca, chamando a atenção para o
facto de isso representar “uma
disponibilidade de tesouraria muito favorável e que de resto está
expressa nos 20 dias de prazo médio de pagamento a fornecedores,
menos quatro do que em 2017”. Por
outro lado, na apreciação que faz às contas de 2018, a líder do
executivo camarário destaca “o
aumento de 861.173 euros em obras e infraestruturas e a diminuição
das amortizações com o serviço da dívida em 358.464 euros”.
Quanto
à subida da despesa corrente em 447.890
euros, Helena Teodósio explica que ela “resulta,
fundamentalmente, da regularização dos trabalhadores com vínculo
precário, do acréscimo dos encargos decorrentes do descongelamento
das carreiras e do aumento dos valores das prestações sociais,
situações que tiveram como contraponto um decréscimo apreciável
na aquisição de bens e serviços, em 411.330 euros, e a diminuição
dos custos com o serviço da dívida”.
Para
a presidente da Câmara de Cantanhede
“qualquer que seja a ótica de leitura do Relatório de Gestão,
não há como escapar à evidência de que o documento apresenta
excelentes resultados, refletindo a assertividade das opções e das
linhas de força que pautaram a atividade do Município no exercício
a que diz respeito”.
E acrescenta: “em
2018, houve uma melhoria substancial nos principais indicadores
económico-financeiros, muito em função do rigor no planeamento e
na execução do orçamento, o que adquire ainda maior significado se
tivermos em conta que houve necessidade de implementar algumas
medidas adicionais para fazer face a certas situações imprevistas
causadas por decisões da Administração Central e por outros
fatores decorrentes da atividade económica do País”.
Helena
Teodósio termina a sua análise ao documento deixando “um
testemunho de reconhecimento a quem teve um papel determinante nos
ganhos de eficiência e eficácia que permitiram o bom desempenho da
autarquia, designadamente os funcionários de todos os setores da
Câmara Municipal e da INOVA-EM”,
agradecendo-lhes “o
modo exemplar como contribuíram para a concretização dos objetivos
enunciados”.
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