Livro polémico da franco-marroquinaZineb El Rhazoui,
sobrevivente do ataque ao Charlie Hebdo, chega a Portugal
Cinco anos depois do atentado terrorista à redacção do jornal francês Charlie Hebdo, a Guerra e Paz publica Destruir o Fascismo Islâmico, o texto corajoso de Zineb El Rhazoui, jornalista que escapou à morte naquela manhã sangrenta. De origem marroquina, a autora é ateia e defensora da laicidade e das liberdades individuais. Zineb é alvo de constantes ameaças e é a mulher com mais protecção policial da França. Destruir o Fascismo Islâmico, traduzido para português por Isabel Lopes e editado pela Guerra e Paz, Editores, chega às livrarias de todo o país no próximo dia 21 de Janeiro.
«Os muçulmanos não são uma comunidade, mas sim milhões de anónimos que vivem diariamente sob o jugo de um fascismo islâmico, que deve ser travado.» Sem medos, Zineb El Rhazoui, jornalista e activista francesa de origem muçulmana, denúncia no livro Destruir o Fascismo Islâmico as estratégias de expansão daquilo a que chama fascismo islâmico.
A autora, que se assume ateísta de cultura muçulmana, recusa-se a compactuar com a ideia de que o islão, enquanto fé, não se distinga do Islão enquanto civilização e de que a simples critica ao fundamentalismo islâmico seja considerada islamofobia ou racismo.
Em 2015, Zineb El Rhazoui, na época jornalista do Charlie Hebdo, escapou ao atentado terrorista que dizimou a redacção daquele jornal e chocou o mundo. Naquele fatídico dia, a activista gozava de um período de férias em Marrocos que a salvou da morte, mas que marcou a sua vida para sempre.
Em Destruir o Fascismo Islâmico, Zineb não esquece os dez camaradas que foram brutalmente assassinados por extremistas islâmicos e leva adiante o seu legado, lutando pela laicidade, pelos direitos humanos e liberdades individuais. «O Islão tem de respeitar a lei do Estado laico, tem de aceitar a liberdade de expressão e mesmo o humor mais corrosivo.»
A autora acusa ainda os islamitas de manterem «o bom senso refém» sempre que ocorre um atentado terrorista. «Gritam em uníssono “isto não é o islão!”, mas ao mesmo tempo trabalham para privar a sociedade de qualquer meio para lutar contra as manifestações da mesma ideologia criminal que, hipocritamente, condenam».
Um manifesto de leitura obrigatória, transparente, frontal e acessível a todos, quer estejam familiarizados com a questão do Islão ou não. Um texto corajoso de uma mulher que não se amedronta com as constantes ameaças de morte de que é alvo.
O livro, traduzido do francês por Isabel Lopes, chega às livrarias de todo o país no próximo dia 21 de Janeiro. A obra poderá ainda ser adquirida através do site da Guerra e Paz.
Destruir o Fascismo Islâmico
Zineb El Rhazoui
Não-Ficção / Política
88 páginas · 15x20,5 · 12,00 €
Nas livrarias a 21 de Janeiro
Guerra e Paz Editores
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