EXPOSIÇÃO “VAMOS SER GEOPARQUE ALGARVENSIS: O QUE É ISSO?” PASSA PELO CONCELHO DE SILVES
A exposição “Vamos ser Geoparque Algarvensis: o que é isso? Um território aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO” inicia a sua primeira itinerância pelo concelho de Silves, no dia 5 de março, onde permanecerá até ao dia 17 de abril. Dar a conhecer à população local o Aspirante a Geoparque Mundial da UNESCO Algarvensis Loulé-Silves-Albufeira e convidar as pessoas a envolverem-se no projeto, uma vez que “os Geoparques são para as pessoas e com as pessoas”, são alguns dos principais objetivos da iniciativa.
A exposição começa a sua itinerância no concelho de Silves na Escola Secundária de Silves, no próximo dia 5 de março, pelas 19h00, onde permanecerá até 12 de março; seguindo para os seguintes locais:
» Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Messines: de 14 a 20 de março;
» Escola Básica 2,3 de Algoz: de 23 a 27 de março;
» Pólo de Educação ao Longo da Vida de São Marcos da Serra: de 10 a 12 de abril, durante a Feira do Folar;
» Escola Básica 2, 3 Dr. António da Costa Contreiras (Armação de Pêra): de 14 a 17 de abril
Em todos os locais de itinerância, a abertura da exposição contemplará uma sessão de esclarecimento sobre o projeto Geoparque Algarvensis. Acresce referir que após a passagem pelas freguesias anteriormente referidas, a exposição regressará às restantes freguesias do concelho de Silves em datas a anunciar oportunamente.
Relembramos que o Geoparque Algarvensis é um projeto ambicioso e estratégico para o desenvolvimento sustentável do território mais interior e rural que, partindo do património geológico aliado a outros aspetos do património natural e cultural, visa dar novas vidas a este território, tornando-o num destino apetecível para viver, visitar e investir, de modo sustentado e alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
O território Algarvensis, através das histórias gravadas nas suas rochas e paisagens, conta vários capítulos da história do Planeta Terra, permitindo uma viagem no tempo de 350 milhões de anos. Evidenciam-se inúmeros episódios e fenómenos naturais e culturais com testemunhos neste território. No concelho de Silves, na faixa São Bartolomeu de Messines - Amorosa – Vale Fuzeiros, encontra-se a maior expressão do conhecido “Grés de Silves” que regista o arrasamento de uma antiga cadeia montanhosa e o posterior nascimento do oceano Atlântico, com a deriva relativa da Europa, de África e da América. Complementarmente, na área protegida da Rocha da Pena, em Loulé, existe o geossítio de relevância internacional que motiva a criação do Geoparque Algarvensis – a Jazida fossilífera do Metoposaurus algarvensis –, que ajuda a conhecer as condições ambientais e a fauna existentes na altura da origem do “Grés de Silves”, há 230 milhões de anos. Dando continuidade à longa história da Terra gravada neste território, em Albufeira, no Planalto do Escarpão e na zona onde se instalou a Ribeira de Quarteira, afloram rochas calcárias com fósseis de organismos que testemunham o mar tropical do tempo dos dinossauros que ali existiu, no período Jurássico, há 164 a 145 milhões de anos.
É importante perceber que um Geoparque Mundial da UNESCO não é um parque geológico, mas sim um projeto para o desenvolvimento sustentável de um território, onde se promove nos seus habitantes o sentimento de orgulho no seu património material e imaterial e fortalece a sua identificação e ligação com o território. É, ainda, importante realçar que num geoparque todo o património natural e cultural faz parte de uma estratégia baseada no conhecimento, na educação, na formação, no desenvolvimento económico sustentável, na conservação e no bem-estar dos residentes.
O Geoparque Algarvensis é um projeto inclusivo e que depende do envolvimento das pessoas. Por isso, convidam-se todos a conhecer este projeto e a ser embaixadores do Geoparque Algarvensis.
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