segunda-feira, 13 de abril de 2020

Pânicos globais trazem no bojo uma ditadura universal


Profetas ambientalistas erraram mais do que Nostradamus.

Mas continuam igualzinhos: tem ideologia por trás!
Ativistas e pensadores do ecologismo radical “profetizaram” catástrofes e geraram pânico, mas é grande o abismo entre essas “profecias” e os fatos.
O bom senso pede analisar as ameaças e afugentar os pânicos.
Grande parte da mídia insiste em repetir que a organização atual da humanidade é a responsável pelo futuro colapso do planeta Terra.
O leitor perspicaz terá percebido o acúmulo de contradições e exageros contidos nas ladainhas de cataclismos que o macrocapitalismo publicitário não cansa de repetir, como se estivesse tomada por crises histéricas ou fantasias de dementes.
Essa onda de terrores se espalha como se alguém a soprasse, seguindo o conselho anticristão atribuído a Voltaire: “Menti, menti, alguma coisa ficará sempre”.
Essa onda prognostica que, se continuar agindo assim, o calor extinguirá a vida no globo, cuja temperatura será semelhante à de Vênus (média de 461ºC); ou se esfriará como Marte (média de -63ºC), onde os cientistas procuram água congelada!
No filme, mar invade Nova Iorque, mas para profetas verdes é realidade!
Reportagens de capa de grandes revistas insistem também em dizer que a Amazônia se desertificará; e os ricaços procurarão no Everest cavernas onde sobreviver por mais algum tempo, antes de morrerem torrados pelo aquecimento global...
Difundem-se notícias como o derretimento do gelo dos polos e o aumento do nível dos mares, deixando três bilhões de pessoas sem casa (Correio 24 horas), e tragando metade das praias já neste século (El Mundo), sendo o Brasil um grande prejudicado (Folha de S. Paulo).
Na primeira fase — ainda segundo os alarmistas globais — 200 milhões de homens abandonariam as megalópoles costeiras engolidas pelas águas.
Ondas gigantes invadiriam os continentes; a estátua da Liberdade de Nova York seria submergida; e, como no filme “2012”, o mar passaria por cima do Himalaia.
Arquipélagos belos e pacíficos já estariam afundando, e num deles os governantes, com equipamentos de mergulhadores, assinaram no fundo do mar um apelo à ONU.
O pesadelo ambientalista fabricado prossegue, afirmando que não há mais terra habitável, pois já está superpovoada, e os homens já consomem em sete meses tudo o que a Terra lhes pode dar em um ano.
Profecia catastrofista: quanto mais forte cacarejam mais acham que vai ser verdade.

Nem seria necessária a “sabedoria” da midiatizada menina Greta Thunberg, para sabermos que o Dia da Sobrecarga da Terra regrediu em 2019 para 29 de julho, a data mais recuada desde que esse “déficit ecológico” começou a ser medido.
Depois desse dia a humanidade vive dos recursos que deveriam ser de nossos descendentes, condenando-os à inanição.
Como a Terra não sustentaria mais homens — sempre segundo os alarmistas —, a solução é diminuir drasticamente a humanidade tal vez com um “vírus salvador”.
Os ricos já controlam a natalidade, mas os pobres continuam gerando crianças.
Juntamente com a ONU (e de costas para Jesus Cristo, dizemos nós), o Vaticano faz congressos para encontrar alguma contorção verbal, na linha dos sofismas do Sínodo Pan-amazônico, que permita sofismar para conter a expansão populacional.
O capitalismo, a propriedade privada, o agronegócio com seu gado e seus organismos geneticamente modificados (OGM) desmatariam, aqueceriam, desertificariam, esterilizariam os mares com lixo plástico, envenenariam a atmosfera com CO2, poluiriam os rios.
Qualquer exagero vale, quanto pior, melhor.

Espécies vegetais, animais e ictícolas estariam em perigo de extinção; cairiam chuvas ácidas nas cidades; carros, indústrias, aviões, ar-condicionado e defensivos agrícolas tornariam o ar irrespirável, violariam e estariam matando a mãe-terra (pachamama).
Imensos icebergs estão se soltando da Antártica, enquanto o Ártico desaparece, como se esses não fossem fenômenos cíclicos.
O apocalipse climático deixa pinguins mortos nas praias de Macaé ou de Cabo Frio, e até na Bacia de Campos e na Paraíba (Fauna do Rio).
Meteoritos como os que teriam extinto os dinossauros se aproximariam a velocidades alucinantes; grandes vulcões, como os de Yellowstone, Campi Flegrei ou da Antártica, poderiam explodir a qualquer momento; lançando massas de poeira, que nos afundariam na noite, entupiriam nossos pulmões e congelariam o planeta.
E assim prossegue a interminável e assustadora lengalenga que alimenta pânicos irracionais.
O leitor perspicaz sem dúvida percebe que esse alarmismo desvairado não convence.
Mas prestando atenção em volta pode se ver que os pânicos deixam dúvidas semeadas em muitos desprevenidos.
E essas dúvidas, como a História mostra, podem favorecer revoluções, pois os grandes abalos sociopolíticos foram sempre precedidos por temores assustadores, em geral infundados ou ensaiados.
A Revolução Francesa evidenciou cenas exemplares de pânicos pré-fabricados e habilmente difundidos, como o de uma invasão generalizada de ‘bandidos’; o temor da bancarrota do Estado; a falta de pão pelo boicote dos produtores de trigo.
Nos momentos oportunos, armaram o teatro para medidas como a convocação dos Estados Gerais, mudanças na forma de governo, etc.

E deram origem a toda espécie de desatinos.
Há ideologia escondida: comuno-tribalismo ecológico daria uma vida saudável.
Não é matéria de fé nem de catolicismo, acredite quem engolir o conto.
Ao que tudo indica, o resultado almejado por essa orquestração insinua que se a civilização, as cidades e as indústrias modernas ameaçam a vida na Terra, cumpre desmantelá-las e optar pela vida na floresta em regime tribal.
A dramatização de pânicos em grande estilo dá a entender que o comuno-tribalismo ecológico seria a solução para uma vida saudável, embora seja preciso pagar o preço de um sistema que hoje parece um sonho utópico.
Todos esses exageros e montagens assustadoras não são de hoje. Começaram há décadas por “profetas” catastrofistas que anunciaram até anos fatídicos.
Mas é só procurar essas datas e conferir para tirar a limpo as fraudes, afugentar os pânicos e ajudar a ver a realidade com sossego.
É o que pretendemos fazer numa série de posts.

 Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de
política internacional, sócio do IPCO,
webmaster de diversos blogs

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