Profetas ambientalistas erraram mais do que Nostradamus.
Mas continuam igualzinhos: tem ideologia por trás!
Ativistas e pensadores do ecologismo radical “profetizaram” catástrofes e geraram pânico, mas é grande o abismo entre essas “profecias” e os fatos.
O bom senso pede analisar as ameaças e afugentar os pânicos.
Grande parte da mídia insiste em repetir que a organização atual da humanidade é a responsável pelo futuro colapso do planeta Terra.
O leitor perspicaz terá percebido o acúmulo de contradições e exageros contidos nas ladainhas de cataclismos que o macrocapitalismo publicitário não cansa de repetir, como se estivesse tomada por crises histéricas ou fantasias de dementes.
Essa onda de terrores se espalha como se alguém a soprasse, seguindo o conselho anticristão atribuído a Voltaire: “Menti, menti, alguma coisa ficará sempre”.
Essa onda prognostica que, se continuar agindo assim, o calor extinguirá a vida no globo, cuja temperatura será semelhante à de Vênus (média de 461ºC); ou se esfriará como Marte (média de -63ºC), onde os cientistas procuram água congelada!
No filme, mar invade Nova Iorque, mas para profetas verdes é realidade!
Reportagens de capa de grandes revistas insistem também em dizer que a Amazônia se desertificará; e os ricaços procurarão no Everest cavernas onde sobreviver por mais algum tempo, antes de morrerem torrados pelo aquecimento global...
Difundem-se notícias como o derretimento do gelo dos polos e o aumento do nível dos mares, deixando três bilhões de pessoas sem casa (Correio 24 horas), e tragando metade das praias já neste século (El Mundo), sendo o Brasil um grande prejudicado (Folha de S. Paulo).
Na primeira fase — ainda segundo os alarmistas globais — 200 milhões de homens abandonariam as megalópoles costeiras engolidas pelas águas.
Ondas gigantes invadiriam os continentes; a estátua da Liberdade de Nova York seria submergida; e, como no filme “2012”, o mar passaria por cima do Himalaia.
Arquipélagos belos e pacíficos já estariam afundando, e num deles os governantes, com equipamentos de mergulhadores, assinaram no fundo do mar um apelo à ONU.
O pesadelo ambientalista fabricado prossegue, afirmando que não há mais terra habitável, pois já está superpovoada, e os homens já consomem em sete meses tudo o que a Terra lhes pode dar em um ano.
Profecia catastrofista: quanto mais forte cacarejam mais acham que vai ser verdade.
Nem seria necessária a “sabedoria” da midiatizada menina Greta Thunberg, para sabermos que o Dia da Sobrecarga da Terra regrediu em 2019 para 29 de julho, a data mais recuada desde que esse “déficit ecológico” começou a ser medido.
Depois desse dia a humanidade vive dos recursos que deveriam ser de nossos descendentes, condenando-os à inanição.
Como a Terra não sustentaria mais homens — sempre segundo os alarmistas —, a solução é diminuir drasticamente a humanidade tal vez com um “vírus salvador”.
Os ricos já controlam a natalidade, mas os pobres continuam gerando crianças.
Juntamente com a ONU (e de costas para Jesus Cristo, dizemos nós), o Vaticano faz congressos para encontrar alguma contorção verbal, na linha dos sofismas do Sínodo Pan-amazônico, que permita sofismar para conter a expansão populacional.
O capitalismo, a propriedade privada, o agronegócio com seu gado e seus organismos geneticamente modificados (OGM) desmatariam, aqueceriam, desertificariam, esterilizariam os mares com lixo plástico, envenenariam a atmosfera com CO2, poluiriam os rios.
Qualquer exagero vale, quanto pior, melhor.
Espécies vegetais, animais e ictícolas estariam em perigo de extinção; cairiam chuvas ácidas nas cidades; carros, indústrias, aviões, ar-condicionado e defensivos agrícolas tornariam o ar irrespirável, violariam e estariam matando a mãe-terra (pachamama).
Imensos icebergs estão se soltando da Antártica, enquanto o Ártico desaparece, como se esses não fossem fenômenos cíclicos.
O apocalipse climático deixa pinguins mortos nas praias de Macaé ou de Cabo Frio, e até na Bacia de Campos e na Paraíba (Fauna do Rio).
Meteoritos como os que teriam extinto os dinossauros se aproximariam a velocidades alucinantes; grandes vulcões, como os de Yellowstone, Campi Flegrei ou da Antártica, poderiam explodir a qualquer momento; lançando massas de poeira, que nos afundariam na noite, entupiriam nossos pulmões e congelariam o planeta.
E assim prossegue a interminável e assustadora lengalenga que alimenta pânicos irracionais.
O leitor perspicaz sem dúvida percebe que esse alarmismo desvairado não convence.
Mas prestando atenção em volta pode se ver que os pânicos deixam dúvidas semeadas em muitos desprevenidos.
E essas dúvidas, como a História mostra, podem favorecer revoluções, pois os grandes abalos sociopolíticos foram sempre precedidos por temores assustadores, em geral infundados ou ensaiados.
A Revolução Francesa evidenciou cenas exemplares de pânicos pré-fabricados e habilmente difundidos, como o de uma invasão generalizada de ‘bandidos’; o temor da bancarrota do Estado; a falta de pão pelo boicote dos produtores de trigo.
Nos momentos oportunos, armaram o teatro para medidas como a convocação dos Estados Gerais, mudanças na forma de governo, etc.
E deram origem a toda espécie de desatinos.
Há ideologia escondida: comuno-tribalismo ecológico daria uma vida saudável.
Não é matéria de fé nem de catolicismo, acredite quem engolir o conto.
Ao que tudo indica, o resultado almejado por essa orquestração insinua que se a civilização, as cidades e as indústrias modernas ameaçam a vida na Terra, cumpre desmantelá-las e optar pela vida na floresta em regime tribal.
A dramatização de pânicos em grande estilo dá a entender que o comuno-tribalismo ecológico seria a solução para uma vida saudável, embora seja preciso pagar o preço de um sistema que hoje parece um sonho utópico.
Todos esses exageros e montagens assustadoras não são de hoje. Começaram há décadas por “profetas” catastrofistas que anunciaram até anos fatídicos.
Mas é só procurar essas datas e conferir para tirar a limpo as fraudes, afugentar os pânicos e ajudar a ver a realidade com sossego.
É o que pretendemos fazer numa série de posts.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de
política internacional, sócio do IPCO,
webmaster de diversos blogs
Escritor, jornalista, conferencista de
política internacional, sócio do IPCO,
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