Sindicato Independente dos Médicos (SIM) apoia "o uso, por toda a população, de máscaras de proteção individual nos espaços públicos" para proteção face à pandemia de covid-19, anunciou aquele organismo em comunicado.
"O uso de uma máscara cirúrgica, bem colocada e manuseada, protege aqueles que nos rodeiam. E se todos o fizermos sempre que circulamos em público, todos estaremos mais protegidos. O uso de máscara não dispensará, contudo, o distanciamento social, a etiqueta respiratória ou a lavagem frequente das mãos", pode ler-se no comunicado daquele sindicato.
"Estamos aqui a falar de uma medida que é para proteger a outra pessoa. Lembro que quando cirurgião vai fazer a operação e usa a máscara é para proteger o paciente da infeção. Nós temos batalhado nisso, temos insistido nisso, não compreendemos é que a DGS continue a não ver a evidência das escolas médicas e das escolas reputadas internacionais", disse.
A defesa deste uso surge enquadrada no movimento "Máscara Para Todos", cuja comissão científica inclui o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, bem como o reitor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Fausto Pinto, além de Filipe Froes, Miguel Moura Guedes, Paulo Neves e Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública.
A 7 de abril, Miguel Guimarães já se tinha mostrado favorável à utilização de máscaras de proteção pela população.
"A utilização de máscara serve para evitar que eu passe a infeção a outra pessoa", disse Miguel Guimarães, recomendando a utilização deste equipamento de proteção individual para "toda a gente que frequente locais públicos", incluindo nos hospitais, centros de saúde e superfícies comercias, como, por exemplo, supermercados.
A medida também acolhe parecer positivo da vice-presidente da Ordem dos Psicólogos, Isabel Trindade, que explicou que esta utilização "faz todo o sentido", mas não se pode "dizer à população para utilizar máscaras se a população não tem acesso" a estes equipamentos.
O SIM cita ainda um relatório de 08 de abril do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla inglesa), que admite o uso generalizado de máscaras pela população em locais fechados e com muita gente, apenas como complementar à etiqueta respiratória e distância de segurança.
Lusa
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