O consumo de televisão em Portugal aumentou 32% na semana entre 30 de março e 04 de abril, face a semana homóloga do ano passado, de acordo com os dados da GfK/CAEM – EvoReporting hoje divulgados.
“Todas as categorias de canais subiram nas audiências, com exceção dos canais deportivos, que assistiram a uma quebra abrupta de 82,6%”, segundo os dados da GfK/CAEM – EvoReporting.
A maioria dos eventos desportivos, incluindo os campeonatos de futebol, estão suspensos devido à pandemia do novo coronavírus.
“Os canais que mais subidas de audiência registaram foram os religiosos (+55,7%), seguidos dos de notícias nacional (+52,9%) e dos filmes (+44,9%)”, refere ainda os dados.
Os canais religiosos em causa são Angelus TV, Canção Nova e Kuriakos TV.
Os canais de sinal aberto (FTA), que estão disponíveis na rede de Televisão Digital Terrestre (TDT) – RTP1, RTP2, RTP3, RTP Memória, SIC, TVI e AR TV – registaram uma subida de 26,1% no período em análise, com as notícias internacionais – nos quais se incluem a Al Jazeera, BBC World News, Euro News, entre outros – a crescerem 22,5%.
“O ‘top 20’ dos canais mais vistos mantém-se inalterado, com a SIC, TVI, RTP1 e CMTV a liderar a lista. Os três canais que registaram maiores subidas percentuais de audiência foram a SIC Notícias (+67,8%), a RTP3 (+59,3%), o Fox Movies (+56,1%)”, refere a GfK, referindo que “as maiores subidas de espetadores foram registadas na SIC, RTP1, CMTV e TVI”.
Estes dados foram obtidos através do sistema de audimetria de televisão, que “utiliza um painel de 1.100 lares, que representam o consumo de todos os indivíduos dos lares, com idade de quatro ou mais anos, residentes em Portugal continental”.
A amostra representa o universo de 9.466.989 indivíduos, segundo as estimativas de 2017.
Portugal aplicou medidas de restrição à circulação de pessoas e distanciamento social como forma de mitigar o impacto da propagação da covid-19, o que levou ao confinamento domiciliário e ao teletrabalho.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).
Dos infetados, 1.211 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 196 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.
Impala
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