segunda-feira, 21 de setembro de 2020

O DESPORTO E A PANDEMIA


Os adeptos do desporto tem comportamentos não confiáveis. Mais ou menos foi esta a conclusão de quem decide, para não autorizar espectadores nos recintos desportivos. 

Ora eu, e milhões como eu, gosto de ir aos estádios e pavilhões e sou responsável! 

Em comparação com todas as outras atividades que juntam pessoas, as regras deviam ser iguais para os espetáculos desportivos. 

Respeitando as recomendações das autoridades, sem dúvida. Com distanciamento, lugares marcados, máscara e todo o resto que se está a usar para outras concentrações. Porque há de ser diferente no futebol, no hóquei, no basquetebol, no futsal... Acaso não são pessoas que também frequentam outras concentrações e espetáculos e respeitam as regras?! São as mesmas. São iguais às outras. São responsáveis como as demais. 

E se alguém houver que não se comporte num estádio, ou num pavilhão, há que o por fora do recinto! Como está previsto fazer noutras semelhantes situações. Não devíamos todos pagar por um ou outro irresponsável! 

Não compreendo esta atitude diferenciadora em relação ao desporto. Num estádio com capacidade para 30 mil espectadores que autorizem 10 mil, ou 5 mil! Mas, tirar aos jogadores o apoio dos seus adeptos, tirar aos adeptos o prazer de o viver o seu clube, a quem por ele é apaixonado, não acho o caminho certo. Claro, sempre em comparação com idênticas situações. Onde as regras são exigidas e cumpridas. Onde os prevaricadores são tratados de acordo com as regras. 

O desporto tem que ser tratado como as idênticas atividades públicas. 

EDUARDO COSTA, Jornalista, Presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional

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