As autoridades francesas encerraram na madrugada de hoje uma festa ilegal em Marselha com cerca de 500 pessoas, a maioria delas sem máscaras de proteção, enquanto o país está sob confinamento devido à pandemia de covid-19.
De acordo com a prefeitura de polícia do departamento de Bouches-du-Rhône, cuja capital é Marselha, os participantes foram despejados da festa, que terá durado várias horas, registando-se também a emissão de multas de 135 euros por quebra das medidas de confinamento em vigor e a apreensão de bebidas alcoólicas e drogas.
"Está em curso uma investigação para identificar os proprietários e organizadores que terão de responder pelas suas ações", referiram as autoridades numa mensagem publicada na rede social Twitter. Segundo o jornal regional La Provence, que deu a notícia, a entrada para o evento custou 150 euros para duas pessoas, com uma garrafa de álcool incluída no preço.
Sob anonimato, o proprietário do espaço falou à comunicação social francesa para esclarecer que tinha pedido aos inquilinos para não organizarem festas. "Eles correram o risco, mas não sei se o vão pagar", disse.
As festas clandestinas multiplicaram-se em França durante este segundo confinamento, que entrou em vigor em 30 de outubro e será substituído na próxima terça-feira por um recolher obrigatório noturno entre as 20h e as 6h da manhã.
Contudo, o governo francês recuou esta semana em certas medidas previstas para o desagravamento do confinamento, tais como a reabertura dos teatros e museus, que foi adiada até janeiro, um adiantamento do recolher obrigatório - que deveria começar às 21 horas locais - e a manutenção desta limitação no dia 31 de dezembro.
Em causa está o facto de o país não ter conseguido reduzir o número de infeções diárias pelo novo coronavírus para cerca de 5.000, um número que, segundo o executivo, permitiria recuperar o controlo da pandemia. No sábado, as autoridades sanitárias registaram 13.947 novos casos positivos, elevando o número total de contágios desde março para 2.365.319, sendo que as mortes ascendem já a 57.761.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se na Itália (64.520 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), seguindo-se Reino Unido (64.170 mortos, mais de 1,8 milhões de casos), França e Espanha (47.624 mortos, mais de 1,7 milhões de casos).
Lusa
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