"No dia em que passam 20 anos sobre a queda da ponte de Entre-os-Rios, o Presidente da República evoca a memória das 59 vítimas mortais da tragédia", lê-se numa mensagem publicada no portal da Presidência da República na Internet.
Marcelo Rebelo de Sousa recorda aquele 04 de março de 2001 como "um momento difícil que marcou a história recente de Portugal, respeitando a memória dos que partiram, mas também a coragem dos que ficaram".
"Duas décadas volvidas podemos, sem nunca esquecer o passado, reconhecer o futuro que a tragédia inspirou. Homenagear as vítimas de Entre-os-Rios é também saudar o seu legado, exemplo de solidariedade, perpetuado na obra que comunidade, famílias e amigos construíram em seu nome", acrescenta.
A Ponte Hintze Ribeiro, que ligava Entre-os-Rios, no concelho de Penafiel, distrito do Porto, e Castelo de Paiva, no distrito de Aveiro, colapsou na noite de 04 de março de 2001, arrastando para as águas do rio Douro um autocarro onde seguiam 53 passageiros e três automóveis com seis pessoas. Não houve sobreviventes.
No plano político, o então ministro do Equipamento, Jorge Coelho, demitiu-se de imediato, afirmando que "a culpa não pode morrer solteira".
Inquéritos promovidos pelo Governo e pela Assembleia da República atribuíram o colapso da ponte a uma "conjugação de fatores", entre os quais a extração de inertes a montante de Entre-os-Rios.
No plano judicial, não houve condenados.
Com uma cobertura mediática sem precedentes em Portugal, a queda da ponte de Entre-os-Rios levou o Governo a lançar um programa de obras de emergência em Castelo de Paiva, na altura contabilizado em 80 milhões de euros, incluindo a construção de duas novas pontes.
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