Em declarações ao Telejornal na RTP, a ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que Portugal poderá atingir novos máximos de novos casos de infeção.
A ministra da Saúde assumiu que "estamos a caminho de uma situação complexa e com muita incerteza" e que "os cenários e as estimativas que os peritos que nos apoiam tinham desenhado estão a confirmar-se em termos de um factor, que é a transmissibilidade".
"Já conhecíamos, de acordo com aquilo que eram os casos da Dinamarca e do Reino Unido, que estávamos perante uma variante muito mais transmissível, com uma possibilidade de duplicação a cada dois dias, três dias, segundo cenários diferentes. Falta-nos saber, designadamente, qual é o impacto desta maior transmissibilidade em termos da severidade da doença e do escape imunitário", acrescentou.
Questionada sobre se Portugal poderá estar no caminhos de outros países da Europa, que continuam a "bater recordes de infeção", a ministra afirmou que "sim" e que "temos de nos preparar para isso", referindo que “é estimado que Portugal ultrapasse o recorde de infeções”, recordando que já foram registados no país mais de 16 mil casos diários.
Marta Temido apelou ainda a que, "neste momento, em que se avizinha uma época de contactos tradicionalmente intensos, cada um de nós faça o que estiver ao seu alcance para prevenir a transmissão que é muito fácil com esta variante".
A ministra referiu ainda que os dados de que dispõem são "estimativas de prevalência da variante", pelo que não se sabe qual o impacto desta variante nos internamentos - se são casos de infeção por Ómicron ou Delta.
“Com esta variante, tudo acontece muito depressa, quase como mudar de um canal para o outro", refere.
Apesar de escusar a fazer previsões sobre números de casos, porque mesmo os peritos consideram que "pode ser artificial", Marta Temido assume que a variante Ómicron deverá representar cerca de 90% dos casos em Portugal até o final do ano.
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