Ângela Barreto está detida na prisão feminina de Zwolle, nos Países Baixos.
O Ministério Público de Roterdão pediu uma pena de seis anos de prisão para uma luso-neerlandesa acusada de colaborar com o grupo terrorista Daesh.
Ângela Barreto, de 26 anos, está detida nos Países Baixos. De acordo com o jornal neerlandês De Telegraaf, o procurador considerou, esta segunda-feira em tribunal, que a luso-neerlandesa tinha como missão convencer outras jovens a juntarem-se ao grupo terrorista e de ter contribuído para muitos assassinatos levados a cabo pelo Daesh.
"Contribuiu para a morte de muitas vítimas que foram brutalmente assassinadas. Permaneceu no califado até o último suspiro", disse o procurador do Ministério Público neerlandês no tribunal de Roterdão durante a sentença.
De acordo com o procurador, Ângela Barreto recrutava mulheres para o Daesh a partir das redes sociais, foi casada com três líderes do grupo e fornece armas.
"Era uma verdadeira mulher do Daesh e a organização precisava dela. Ela viajou com convicção para apoiar a luta armada na Síria", disse o procurador.
O advogado, citado pelo De Telegraaf, considerou que a mulher vivia num "mundo de sonhos". Já a própria Ângela distancia-se do Daesh: ""Acho terrível o que eles fizeram. Estou envergonhada e peço desculpa a todas as vítimas."
Em 2014, quando tinha 18 anos, Ângela viajou para a Síria onde viria a casar com outro português pertencente ao Daesh, Fábio Poças, e manteve-se lá até 2019. Depois foi lavada para um campo de prisioneiros curdo, onde viu o filho morrer. Daí conseguiu escapara de novo para a Síria e por fim para os Países Baixos, onde se encontra detida na prisão feminina de Zwolle.
Imagem: TSF
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