Programa conta com 242 projetos em várias áreas de intervenção.
São 242 os projetos financiados pelo Programa Bairros Saudáveis, uma iniciativa em que, nas palavras da coordenadora, Helena Roseta, «a sociedade é a protagonista».
O Programa Bairros Saudáveis entrou em vigor em julho de 2020 para apoiar intervenções locais de melhoria das condições de saúde e qualidade de vida em territórios vulneráveis em Portugal continental, através de projetos apresentados por associações, movimentos cívicos e organizações de moradores.
«Este programa consegue fazer muito com pouco», afirmou a responsável, lembrando que este instrumento de intervenção em territórios vulneráveis só dispõe de 10 milhões de euros e, «ao fim de tão pouco tempo, já está a ter resultados, ter pessoas envolvidas, ter a sociedade civil diretamente envolvida».
«Temos cerca de oito meses de execução concreta dos projetos no terreno», referiu Helena Roseta, sendo que existem projetos a decorrer em todo o país, mais concretamente 71 na região Norte, 34 no Centro, 94 em Lisboa e Vale do Tejo, 27 no Alentejo e 16 no Algarve.
Dos 242 projetos em curso, Helena Roseta realça o «Saúde no Bairro», no concelho do Seixal, particularmente no Bairro Jamaica, que «monta hospitais de campanha» para a realização de rastreios, desde saúde oral a saúde sexual feminina, sobretudo para mulheres e crianças da comunidade de etnia cigana e de origem africana; e o «Prevenção e luta contra Mutilação Genital Feminina, Casamento Precoce e Forçado», que está a ser desenvolvido em Sintra, com uma associação de migrantes, para combater estas práticas culturais antigas.
Outros dos projetos são o «Torre PLSTIK», no Bairro da Torre, em Cascais, em que as crianças constroem skates com plástico reciclado; o «Mulheres em Construção!», no Bairro de Santiago, em Aveiro, que tem como objetivo o empoderamento das mulheres, através da aprendizagem de tarefas da construção civil, desde arranjos de eletricidade a reparações de canalização; o «Integrar – Estilos de vida saudáveis», em Vila Nova de Poiares, para combater o isolamento dos idosos e potenciar a saúde mental; o «Vamos dar vida à Gestosa», em Santa Comba Dão, em que compraram umas terras vazias e estão a construir um parque público para aldeia; e o «Ribeira da Torregela Viva e Vivida», em Évora, para a requalificação da ribeira.
Nos fóruns do programa pelas cinco regiões do país, em que falta apenas o do Algarve, que será no dia 8 de julho, foi registada a identificação pelos projetos de 1.263 contributos para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas, inclusive 197 para saúde de qualidade, 154 para educação de qualidade, 175 para reduzir as desigualdades, 109 para comunidades sustentadas e 161 para parcerias, revelou Helena Roseta.
Desenvolvidos nos eixos da saúde, social, económico, ambiental ou urbanístico, os projetos podem ser pequenas intervenções (até 5.000 euros), serviços à comunidade (até 25.000) ou projetos integrados (até 50.000 euros).
Para saber mais, consulte:
Bairros Saudáveis – https://www.bairrossaudaveis.gov.pt/
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