Naturalmente que preocupam os atentados à liberdade dos cidadãos, do direito de expressão ou outros.
Vamos analisar a polémica acesa neste ‘Mundial de Futebol’ sobre este quente assunto.
Devem estes superespetáculos mundiais ter em conta estes valores tão bem defendidos pelo chamado mundo ocidental? Assim sendo, a decisão de realizar este ‘Mundial’ no Catar não foi boa escolha.
Vamos atrever-nos a analisar por outro ângulo.
O Catar é um dos países muçulmanos mais tolerantes em relação às restrições a várias liberdades e direitos, comuns aos países islâmicos. Ora, levar o ‘mundo’ a uma região que precisa de evoluir nesses aspetos, não será uma forma de conseguir que seja dado um salto na direção que achamos correta? Lembro, a título de exemplo, que, para ter o ‘Mundial, o Catar teve que criar uma seleção feminina de futebol. E que, ao que dizem as notícias, o país alterou algumas das suas ancestrais e rígidas regras, para que neste evento se apresentasse mais moderno e ‘aberto’. Se assim é, podemos abrir-nos à perspetiva que este ‘Mundial’ regista ganhos nessas importantes matérias.
A questão última que deixo: mas, não foi há apenas quatro anos, que o ‘Mundial’ de 2018 se realizou na Rússia? Que tinha invadido a Ucrânia e anexado o território da Crimeia em 2014?! E também um país onde alguns desses direitos não são tolerados?!
Poderíamos concluir por alguma hipocrisia...
Aplaudamos a iniciativa de Portugal e Espanha de juntar a Ucrânia na candidatura ao ‘Mundial’ de 2030!
*EDUARDO COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa Regional
Destaque:
“Aplaudamos a iniciativa de Portugal e Espanha de juntar a Ucrânia na candidatura ao ‘Mundial’ de 2030!”
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