A Escola das Artes da Universidade Católica no Porto convida-o a assistir a duas masterclasses inseridas no programa “Não foi Cabral” com Flávio Cerqueira, um escultor de significados, e Hélio Menezes, antropólogo que atua como crítico, pesquisador e curador de alguns dos eventos mais importantes da cena cultural brasileira, nomeadamente da última bienal de São Paulo.
Inseridas na programação do ciclo “Não foi Cabral: revendo silêncios e omissões “que está a decorrer na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto, vão ter lugar no Auditório Ilídio Pinho, duas aulas abertas, nos dias 23 e 24 de maio, pelas 18h30, continuando assim o propósito de estimular o debate sobre o fazer da(s) História(s).
A primeira masterclasse, dia 23 de maio, é conduzida pelo artista e professor brasileiro, Flavio Cerqueira que irá apresentar um panorama da sua trajetória artística de 15 anos. Nesta sessão abordará os seus processos criativos e da produção da escultura em bronze, além das questões conceituais e simbólicas que traz na sua poética. O artista irá começar por contar a sua primeira experiência numa residência artística e do seu primeiro atelier na cidade de Lisboa e como isso influenciou sua carreira.
No dia 24 de maio, pela mesma hora, a aula é de Hélio Menezes, pesquisador, crítico e curador de alguns dos eventos mais importantes da cena cultural brasileira. Nesta conversa, pretende analisar a história e legado do Museu AfroBrasil, no ano em que completa 20 anos de existência, bem como sublinhar desafios e propostas de renovação para os seus anos vindouros. Através da leitura de obras dos acervos do MAB e da sua expografia inaugural, propõe investigar em que medida o museu antecipou um olhar contracolonial nas artes ao contar, num arranjo entre História, Memória, Cultura e Contemporaneidade, outra história do Brasil - tendo as matrizes africanas que o formaram e estruturam como protagonista.
Este ciclo “Não foi Cabral: revendo silêncios e omissões” é o tema do programa cultural da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, em parceria com a Escola das Artes com a Universidade de São Paulo (Brasil) e a Universidade de Princeton (EUA).
Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes e co-curador do programa, sublinha que o ciclo “pretende construir um espaço de debate onde juntos possamos pensar as narrativas históricas e o modo como artistas de diferentes geografias e culturas têm sido motores fundamentais no alargamento e transformação dessa história oficial.” Sobre esta nova edição do programa, o diretor da Escola das Artes completa que “é fruto de um trabalho continuado da Escola das Artes em trazer temáticas com expressão no mundo não só artístico, como atual e global.”
*Fernanda Teixeira
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