quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Mostra patente durante o mês de outubro. Exposição “Branquinho da Fonseca: uma vida a fazer ler” na Biblioteca Municipal

 
A Biblioteca Municipal de Cantanhede acolhe, até ao dia 31 de outubro, a exposição itinerante intitulada "Branquinho da Fonseca: uma vida a fazer ler".
A mostra apresenta uma visão abrangente sobre a vida e obra de António José Branquinho da Fonseca, escritor, poeta e dramaturgo, que em tempos da ditadura salazarista lutou pela descentralização da leitura e para que a educação e formação pudesse chegar a todos os cidadãos.
A exposição é composta por cinco painéis e uma seleção de livros de António José Branquinho da Fonseca, que, em 1963, criou a primeira biblioteca móvel destinada a levar os livros às zonas mais afastadas do concelho de Cascais e, desta forma, fomentar a leitura.
Promovida pela Câmara Municipal de Mortágua, a mostra teve a coordenação de Maria Mota Almeida, Investigadora da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e de Luís Branquinho da Fonseca Soares de Oliveira, um dos netos do escritor, diretor de Fotografia de Cinema, Televisão e Publicidade, Guionista e pesquisador de documentários.
Esta exposição dá a conhecer as diversas facetas da vida de Branquinho da Fonseca, responsável pela criação da primeira biblioteca móvel.
António José Branquinho da Fonseca nasceu em Mortágua, no dia 4 de maio de 1905 e faleceu a 7 de maio de 1074, em Cascais. Licenciado em Direito, pela Universidade de Coimbra, o escritor, poeta e dramaturgo, assinou os seus primeiros textos com o pseudónimo António Madeira, experimentando vários géneros literários, nomeadamente poesia, romance, novela, texto dramático e conto, o seu preferido. Além da escrita desenvolveu atividades artísticas como a fotografia, o desenho, o cinema e o design gráfico. Foi conservador do Registo Civil em Marvão e Nazaré, e do Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães, em Cascais.
Em 1958, por proposta de António José Branquinho da Fonseca foi criado o Serviço de Bibliotecas Itinerantes, da Fundação Calouste Gulbenkian, experiência pioneira realizada em Portugal, no domínio das bibliotecas itinerantes.
A implantação desse serviço possibilitou o empréstimo domiciliário e a fruição do livro em regiões afastadas dos centros urbanos. A convite da Fundação Calouste Gulbenkian organizou e dirigiu o Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas, a partir de 1958, de que foi diretor até à sua morte, em 1974.


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