A
Biblioteca Municipal de Cantanhede acolhe, até ao dia 31 de outubro,
a exposição itinerante intitulada "Branquinho
da Fonseca: uma vida a fazer ler".
A
mostra apresenta uma visão abrangente sobre a vida e obra de António
José Branquinho da Fonseca, escritor, poeta e dramaturgo,
que em tempos da ditadura
salazarista lutou pela descentralização da leitura e para que a
educação e formação pudesse chegar a todos os cidadãos.
A
exposição é composta por cinco painéis e uma seleção de livros
de António José Branquinho da Fonseca, que, em 1963,
criou a primeira biblioteca móvel destinada a levar os livros às
zonas mais afastadas do concelho de Cascais e, desta forma, fomentar
a leitura.
Promovida
pela Câmara Municipal de Mortágua, a mostra teve a coordenação de
Maria Mota Almeida, Investigadora da Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e de Luís Branquinho da
Fonseca Soares de Oliveira, um dos netos do escritor, diretor de
Fotografia de Cinema, Televisão e Publicidade, Guionista e
pesquisador de documentários.
Esta
exposição dá a conhecer as diversas facetas da vida de Branquinho
da Fonseca, responsável pela criação da primeira biblioteca móvel.
António
José Branquinho da Fonseca nasceu em Mortágua, no dia 4 de maio de
1905 e faleceu a 7 de maio de 1074, em Cascais. Licenciado em
Direito, pela Universidade de Coimbra, o escritor, poeta e
dramaturgo, assinou os seus primeiros textos com o pseudónimo
António Madeira, experimentando vários géneros literários,
nomeadamente poesia, romance, novela, texto dramático e conto, o seu
preferido. Além da escrita desenvolveu atividades artísticas como
a fotografia, o desenho, o cinema e o design gráfico. Foi
conservador do Registo Civil em Marvão e Nazaré, e do
Museu-Biblioteca Condes de Castro Guimarães, em Cascais.
Em
1958, por proposta de António José Branquinho da Fonseca foi criado
o Serviço de Bibliotecas Itinerantes, da Fundação Calouste
Gulbenkian, experiência pioneira realizada em Portugal, no domínio
das bibliotecas itinerantes.
A
implantação desse serviço possibilitou o empréstimo domiciliário
e a fruição do livro em regiões afastadas dos centros urbanos. A
convite da Fundação Calouste Gulbenkian organizou e dirigiu o
Serviço de Bibliotecas Itinerantes e Fixas, a partir de 1958, de que
foi diretor até à sua morte, em 1974.
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