quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Comunicado - A República não é "propriedade privada" do PCP

 Nova Direita afirma que legado dos republicanos do Séc. XIX não é "propriedade privada" do PCP

Ossanda Liber, líder do Nova Direita irá apresentar o livro do seu secretário geral no dia 5 de outubro às 17h na livraria Martins em Lisboa na Av. Guerra Junqueiro.

Paulo Freitas do Amaral escreveu o livro "José Fontana, o ativista" sobre a vida e obra de José Fontana, um republicano do século XIX.

A Nova Direita critica o fato do legado destes republicanos do século XIX ter ficado "sob controlo" do Partido Comunista Português no período posterior ao 25 de abril de 1974 e não estar à disposição da democracia e da República.

Instituições, escolas, arquivos e periódicos como a "Voz do operário" entre outras coletividades, principalmente no distrito de Lisboa e em Setúbal são hoje quase uma espécie de "propriedade privada" do PCP e deveriam estar à disposição de toda a população e do Estado Português afirma a Presidente do Nova Direita, Ossanda Liber.

A Nova Direita ainda afirma que a existência de Fundações ligadas a partidos como foi a Fundação José Fontana são hoje um obstáculo ao financiamento transparente dos partidos da República portuguesa.

Sinopse do livro:

José Fontana - O ativista

Esta obra reúne variada documentação dispersa sobre a vida, obra e legado de José Fontana em prol da classe trabalhadora do século XIX e que esteve na origem do movimento associativo operário e do surgimento da "curta vida" do Partido Socialista Português (1875-1933) .

José Fontana nasceu e foi criado em Valle di Muggio, um vale escondido do Cantão de Ticino no sul do território suíço, na fronteira atual com a Itália. Era suíço, tendo ido para Portugal quando era ainda muito jovem, estabelecendo-se em Lisboa.

Como trabalhador da livraria Bertrand situada no Chiado, tornou-se um dos defensores da classe trabalhadora promovendo durante o século XIX, o Socialismo e o Associativismo. Manteve correspondência com Friedrich Engels e Karl Marx.

Destacou-se no esforço para melhorar as condições de vida e trabalho dos trabalhadores sob as influências ideológicas de Proudhon.

Em 1872, inspirado pelas ideias de Bakunine, criou os estatutos do "Centro Promotor dos melhoramentos das Classes Laboriosas" e da "Associação Fraternidade Operária", que liderou o movimento operário em Portugal dando origem ao Partido Socialista Português de que foi o primeiro Secretário-Geral e um dos fundadores. 

Além de ser um amigo próximo de Antero de Quental, organizou inúmeras ações de esclarecimento do operariado, comícios, greves entre outras atividades mobilizadoras de massas, entre as quais, as mais famosas as "Conferências do Casino". 

Escreveu em vários jornais da classe trabalhadora e colaborou frequentemente com os periódicos socialistas "O Pensamento Social" (de 1872 a 1873) e "O Protesto" (de 1875 a 1876). As reuniões da Internacional eram realizadas em sua casa em Lisboa.

O seu amigo íntimo, Antero de Quental, escreveu: "A Revolução convivia no Cenáculo. Entre aqueles revolucionários utópicos, estava José Fontana, funcionário da Livraria Bertrand, alto e magro, sempre vestido de preto(...)"

Era sócio-gerente da Livraria Bertrand com apenas 35 anos. Começou a sua carreira como empregado em meados da década de 1860, primeiro como encadernador e depois como caixeiro de livraria.

A 2 de setembro de 1876, José Fontana cometeu suicídio no seu local de trabalho devido a doença prolongada de tuberculose. 

*Paulo Freitas do Amaral

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