Pinto
da Costa partiu. O dirigente desportivo que obteve mais títulos à
escala mundial.
Jorge
Nuno teve a arte de
transformar o FC Porto num clube de referência internacional.
Com
todo o respeito por outros clubes, poderei pensar que, clubismo à
parte, é merecedor de um generalizado reconhecimento pelos seus
feitos. Que dignificaram a nível mundial o futebol português.
“É
muito arrogante!”,
diziam. Era? Não. Jorge Nuno era de uma
humildade que nos deixava embaraçados.
Durante
algum tempo, a acertar negócios, jantávamos ou almoçávamos com
alguma regularidade. Num desses jantares,
quando chegou a minha vez, escolhi um
pedacinho de vários bolos.
Então, Jorge Nuno
disse: “Se pode ser assim também quero”.
Um certo dia tinha um determinado valor para doar ao FCP.
Perguntei-lhe a opinião sobre a que
modalidade devia entregar. Resposta rápida:
“ao
desporto adaptado”. Marquei um jantar de meia
dúzia no ‘Meridien’ e assim fiz. Os
mais desfavorecidos mereciam-lhe um carinho especial.
Uma
das memória mais interessante que dele recordo, tem a ver com o
pintor gaiense António
Joaquim. “Presidente!, tenho um quadro para lhe oferecer, é todo
azul, está pronto em minha casa!”. “Vamos lá
ver isso!”, disse de imediato, apesar da noite ir avançada. Era
enorme! Esse quadro, Jorge Nuno não aceitou para si e entregou ao FC
Porto.
Humildade.
Uma qualidade rara e que distingue a inteligência de pessoas de
grande sucesso.
“Museu
Pinto da Costa”. É a sugestão que deixo para eternizar um dos
melhores dirigentes de clube que o mundo conheceu. Uma obra que o
orgulhava.
Destaque:
“Museu
Pinto da Costa”. É a sugestão que deixo para eternizar um dos
melhores presidentes de clube que o mundo conheceu.”
Eduardo Costa, Correio de Azeméis
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