Encontro de dois dias demonstra a capacidade mobilizadora e formativa das Bandas e o seu potencial no contexto cultural português
“O Município de Águeda tem uma atenção muito especial para com o movimento filarmónico”, afirmou Jorge Almeida, Presidente da Câmara Municipal de Águeda, na abertura do “Escuta: O Fórum das Bandas”, o primeiro encontro de cariz nacional dedicado às Bandas Filarmónicas Portuguesas que decorreu no Centro de Artes de Águeda.
No encontro de dois dias (sexta-feira e sábado), maestros, compositores, músicos, investigadores, diretores artísticos, dirigentes associativos e institucionais debateram os desafios que se colocam ao setor e perspetivaram o futuro.
Jorge Almeida salientou o “movimento absolutamente incrível” das seis Bandas Filarmónicas do concelho, “todas elas centenárias”, que têm uma vertente de ação “muito relevante e que se prende com a formação musical” e envolvem uma grande quantidade jovens.
“É notória a qualidade dos executantes e as nossas bandas têm proporcionado momentos de uma riqueza artística enorme, com espetáculos que poderiam ser apresentados em qualquer sala do país e que têm partilhado o palco com grandes nomes do panorama artístico nacional” declarou o Presidente da Câmara de Águeda, salientando que esta qualidade é evidência “exatamente da formação que é feita nas Bandas do concelho”, cuja atividade é apoiada pelo Município de Águeda de forma exemplar.
Durante o primeiro dia do encontro, os temas em destaque foram, precisamente, o ensino da música no contexto das bandas, a valorização da formação e da ação pedagógica, bem como os desafios relacionados com a sustentabilidade financeira destas instituições.
O evento contou ainda com a realização de quatro mesas-redondas, onde especialistas e, no segundo dia, decorreram dois debates: um sobre “Novos desafios estéticos e do modelo de apresentação do trabalho das Bandas” e outro sobre as “Bandas e a comunidade”, num reconhecimento do papel social das bandas enquanto catalisador da disseminação artística e cultural das sociedades.
Edson Santos, Vice-Presidente da Câmara de Águeda, encerrou a 1.ª edição do Fórum com uma palavra de incentivo. “O investimento que hoje fazemos é um voto de confiança nos jovens e no futuro”, disse, defendendo que “apostar e investir na cultura é contribuir para uma sociedade mais justa e humanizada”.
Sobre os incentivos que muitos oradores do encontro apontaram como pouco expressivos no país, Edson Santos realça o papel do Município ao apoiar as Bandas do concelho de forma sustentada. “Apoiamos não só a formação e a aquisição de novos instrumentos, mas também e projetos que visem a dinamização da cultura local e património imaterial como a música”, disse lembrando projetos como o Cultur’Águeda que leva as bandas a realizarem espetáculos em vários pontos do concelho e a participarem nas festas populares.
O Vereador da Cultura deu ainda como exemplo a participação das Bandas do concelho nos concertos – que contam com a parceria de artistas de renome nacional – no palco do AgitÁgueda, que projeta e promove “este bem enorme que são as nossas Bandas e o seu elevado potencial artístico”, afirmou, recordando que os vários espetáculos que são dados por ano no Centro de Artes de Águeda e em outros espaços culturais são “naturalmente pagos como qualquer concerto”.
A terminar, Edson Santos, que avançou uma nova edição do evento no próximo ano, defendeu a redução do IVA na cultura, uma medida que, acredita, “daria uma folga orçamental para se poder apoiar toda a área cultural, nomeadamente as Bandas”.
É de referir que 1.º “Escuta: O Fórum das Bandas” culminou com um momento cultural protagonizado por alunos da Escola de Música da Banda Alvarense.
*Gabinete de Comunicação e Imagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário