Os portugueses
encaminharam para reciclagem 442 mil toneladas de embalagens, em 2015, mais 6%
do que no ano anterior, com a maior subida a pertencer ao plástico, e a única
descida a ser apresentada pelo papel e cartão.
Os dados hoje
divulgados pela Sociedade Ponto Verde (SPV) referem o crescimento de 32% do
plástico, ao atingir 115.701 toneladas de material recuperado, no fluxo urbano
que inclui embalagens de origem doméstica, do pequeno comércio e canal Horeca
(hotéis, restaurantes e cafés).
A SPV realça o
papel da recolha seletiva, com os eco pontos e o sistema porta a porta, que
cresceu 5%, para 320.629 toneladas, no ano passado.
No global dos
dois fluxos, o urbano e o não urbano, a SPV enviou para reciclagem 729 mil
toneladas de embalagens, um valor semelhante ao resultado do ano anterior,
refere aquela entidade.
O vidro
depositado para reciclagem pelos consumidores urbanos aumentou 4% e chegou às
182.014 toneladas, uma quantidade que a SPV diz ser suficiente para fabricar
360 milhões de garrafas, ou uma torre com 216 metros de altura.
A quebra de 12%
do papel e cartão levou a uma descida do segundo para o terceiro lugar, na
lista dos materiais de embalagem encaminhados para reciclagem, por troca com o
plástico que, assim, subiu uma posição.
No entanto, as
111,8 mil toneladas de papel e cartão, enviadas para tratamento, seriam
suficientes para embrulhar mais de quatro mil Torres de Belém, segundo as
contas da SPV.
Quanto ao metal,
salienta esta entidade, foram recolhidas quase 28 mil toneladas, o que
representa um acréscimo de 14% relativamente aos valores encaminhados em 2014,
e seria suficiente para fabricar cerca de 58 mil automóveis ou mais de 2,2
milhões de bicicletas.
A madeira é o
material com menores quantidades tratadas, ficando nas 4,8 mil toneladas (mais
2%), mas a sua reciclagem evita o abate de 166 mil árvores.
Os resultados
obtidos, segundo a SPV, devem-se às campanhas de sensibilização que desenvolveu,
nos quase 20 anos de atividade, e que contribuíram para que, atualmente, sete
em cada dez lares portugueses façam a separação das suas embalagens usadas.
"A SPV
acredita que, nos próximos anos, a reciclagem de embalagens usadas continuará a
aumentar em Portugal, contribuindo para um futuro melhor para as gerações
vindouras", salienta aquela entidade.
Desde a sua
criação, em 1996, foram encaminhados para reciclagem mais de 6,8 milhões de
toneladas de resíduos de embalagens, o equivalente ao peso de três pontes Vasco
da Gama, e investidos mais de 50 milhões de euros, em ações de comunicação e
sensibilização, e 650 milhões de euros, na recolha seletiva, segundo a SPV.
Fonte: Lusa
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