Os soluços são quase sempre inofensivos, mas quando se verificam de forma persistente e sem fim à vista, podem indiciar doenças graves como o cancro e um ataque cardíaco.
O alerta é dado por Timothy Pfanner, professor de medicina na Universidade A&M do Texas, nos EUA, no site do Centro de Ciência e Saúde da instituição.
Pfanner salienta que quando os soluços duram mais de 48 horas podem ser sinal de graves problemas de saúde.
“Deve procurar o conselho do seu médico se os soluços evoluírem de uma situação em que acontecem de vez em quando até se tornarem persistentes e intratáveis”, frisa o professor.
Os soluços persistentes são aqueles que duram mais de 48 horas, mas menos de 30 dias, enquanto os soluços intratáveis são classificados como soluços que duram mas de 30 dias.
Os soluços intratáveis podem ser um sintoma de “cancro do cérebro, de nódulos linfáticos ou de cancro do estômago”, realça Pfanner, “e também podem indicar um enfarte ou um tumor no pescoço”.
Segundo o especialista, os soluços podem ainda ser sinais de danos nos músculos cardíacos ou indícios de “um ataque cardíaco iminente“.
O professor explica que os soluços ocorrem quando o diafragma e os órgãos respiratórios experimentam um espasmo súbito e involuntário.
Ao espasmo segue-se, habitualmente, o fecho da glote, de onde resulta o seu som característico.
“Qualquer coisa que leve o estômago a ficar distendido pode causar soluços”, explica Pfanner, “e osfumadores são propensos porque estão constantemente a engolir ar”.
“Beber álcool pode induzir soluços porque irrita o esófago e pode resultar na súbita erupção de ácido refluxo”, acrescenta.
As infecções nos ouvidos também os podem provocar. A membrana dos tímpanos “pode ficar irritada por uma infecção, especialmente se um cabelo entrar no ouvido e se alojar perto da membrana”, nota o especialista.
Esta é, segundo Pfanner, uma causa muito comum para os soluços que não desaparecem.
Quanto a truques para acabar com os soluços ocasionais, pode-se “suster a respiração (por um curto período de tempo) ou respirar para dentro de um saco”, diz o professor.
Ou ainda, “colocar uma cotonete de algodão na parte de trás da garganta”, para induzir o reflexo do vómito, gargarejar com água gelada, engolir açúcar granulado, trincar um limão e puxar os joelhos até ao peito para o comprimir.
Pressionar ligeiramente as pálpebras também activa o nervo vago e resulta num reflexo que impede o espasmo do soluço, revela o professor.
SV, ZAP
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